Racionalismo Cristão
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consciência, a fim de verificarem se realmente estão aptos para exercer tal<br />
atividade.<br />
Eles precisam conhecer, profundamente, o que diz este capítulo, e<br />
estarem resolvidos a enquadrar o seu modo de viver na disciplina nele<br />
registrada. Caso não se sintam fortemente dispostos a assumir os<br />
compromissos que os Princípios doutrinários impõem, é sinal de que<br />
ainda é cedo para tomar essa resolução. O <strong>Racionalismo</strong> <strong>Cristão</strong> não faz<br />
questão de quantidade, mas de qualidade.<br />
E dolorosíssimo para todos os companheiros da Causa terem de<br />
enfrentar o dever de dispensar um médium iniciado, por haver ele<br />
fraquejado nas suas obrigações e na conduta. Com o rigor da disciplina só<br />
os fortes vencem, e na Doutrina unicamente estes podem ser admitidos<br />
para o trabalho.<br />
Os que se julgarem, porém, preparados para entrar em ação e<br />
estiverem firmemente decididos a dar de si o máximo, devem endereçar o<br />
seu pedido de admissão ao presidente da Casa Racionalista respectiva.<br />
Cada ingresso de pessoa esclarecida é recebido com regozijo e<br />
aplausos íntimos, não só pelos obreiros militantes, como pelo Astral<br />
Superior, que, desse modo, contará com mais discípulos dedicados,<br />
dispostos a auxiliar na grandiosa tarefa.<br />
Convém, vez por outra, meditar sobre a exígua duração da existência<br />
terrena, em comparação com a eternidade. Isto levará o ser a encarar as<br />
coisas com mais realismo. Enquanto o oceano é formado por um número<br />
limitado, ainda que grande, de gotas, a eternidade não tem limites. Logo, o<br />
tempo de duração de uma existência terrena, seja ela de setenta ou cem<br />
anos, é comparativamente, em face da vida eterna, menos do que uma gota<br />
de água do oceano.<br />
Ora, uma vez reconhecida essa realidade, não há por que dar tanta<br />
importância, como em geral se vê, às posições e grandezas absorventes<br />
que a vida terrena pode, no campo material, oferecer. Os esclarecidos têm<br />
o dever de encarar as funções mais altas não como privilégios, mas como<br />
deveres e responsabilidades maiores. E só uma questão de entendimento.<br />
Esta argumentação é necessária, para não se sentir ninguém<br />
prejudicado e principalmente o médium, por deixar de desfrutar, hoje, o<br />
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que a matéria ilusoriamente sugere, para, em troca, usufruir mais tarde os<br />
benefícios, as confortantes alegrias de um viver elevado.<br />
Essa conquista já a fizeram aqueles para quem as atrações efêmeras<br />
da Terra não representam mais que fugidias reminiscências do passado.<br />
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