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UNIVERSDADE FERDERAL DE SANTA CATARINA ... - UFSC

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Anexo IV<br />

Protocolo de Reanimação Cárdio-Putmonar (RCP)<br />

Introdução<br />

Morte Súbita é a morte inesperada, marcada pela perda abrupta da consciência em um indivíduo<br />

dentro da 1° hora do início dos sintomas, sendo ele portador ou não de doença cardíaca conhecida.<br />

Dessa definição são excluídos os casos de trauma. A característica da morte súbita cardíaca é a<br />

presença de arritmia que em última análise torna a perfusão tecidual impossível. O mecanismo de<br />

parada cardíaca mais comum é a fíbrilação ventricular, que responde por até 80% dos casos e em<br />

muitos casos a FV é resultado da degeneração de taquicardias ventricula-res. O restante dos casos se<br />

agrupam nas bradiarritmias, assistolias e atividade elétrica sem pulso.A maior parte das pessoas de<br />

morte súbita (80%) são os coronariopatas. . O índice de sucesso da Ressuscitação Cárdio-Pulmonar<br />

(RCP) depende diretamente do tempo transcorrido entre o pedido de atendimento de urgência e a<br />

desfibrilaçào (tempo "chamada-choque"). As chances são sempre maiores se a ressuscitação é<br />

iniciada dentro dos primeiros 4 minutos do colapso. A partir do momento que ocorre a PCR o<br />

paciente só tem 50% de chance de ser recuperado. A cada minuto sem atendimento 10% das chances<br />

se vão. Após 5 minutos sem atendimento de urgência, não haverá mais o que fazer (0% de chance de<br />

recuperar o paciente).<br />

Por que atender de maneira padronizada?<br />

Organização gera eficiência. Eficiência se traduz em tempo e aqui é ouro para a vida do paciente. As<br />

manobras aqui apresentadas não são válidas apenas para os hospitais. Muitos indivíduos pessoas de<br />

parada cardíaca não conseguem chegar ao hospital e, longe do apoio médico, ela está fadado ao<br />

óbito. Se pensarmos de forma prática, no contexto da cidade onde moramos, seja ela um centro<br />

desenvolvido de uma grande capital, seja uma cidade pouco populosa, em qualquer desses lugares<br />

uma pessoa na rua, transitando, ao ver outra pessoa sentindo-se mal e em seguida tendo um colapso<br />

deve saber como agir. E se a ação for única em qualquer local a chance de sucesso é sempre maior,<br />

pois o treinamento de atendimento de urgência surtirá efeito da mesma forma independente de onde<br />

ocorrer o evento. Ações públicas também são necessárias, pois o paciente precisará de acesso rápido<br />

ao atendimento de urgência. A simples campanha de memorização do número de socorro do Corpo<br />

de Bombeiros (193) ou do SAMU (192), já é de extrema importância. O acesso aos desfibriladores<br />

automáticos em locais públicos é uma ação ainda em progresso no Brasil, mas já disponível em<br />

vários locais dos Estados Unidos e já salvaram muitas vidas.<br />

Os ABCD's<br />

São 8 passos divididos em 2 partes, a primeira chamada ABCD primário e a segunda de ABCD<br />

secundário. A ação estará fadada ao fracasso se os 8 passos do tratamento do paciente em PCR não<br />

forem seguidos: ABCD primário<br />

1) A primário => via Aérea => Abrir a via aérea, desobstruir.<br />

2) B primário => Boa respiração => Ventilação primária não-invasiva.<br />

3) C primário => Circulação => Checar pulso, compressões torácicas,<br />

4) D primário => Desfibrilação => uso do <strong>DE</strong>A em via pública ou desfibrilação na sala de<br />

emergência. => checar pulso<br />

Neste ponto o ritmo pode ou não ter sido restabelecido. Independente do resultado, segue-se a<br />

sequência ><br />

ABCD secundário<br />

5) A secundário => Via Aérea => re-verificar a respiração e fazer entubação (Tubo Traqueal).<br />

Com ajuda a caminho, se inicia o algoritmo de suporte de vida:<br />

VIA AÉREA<br />

Estando a ajuda a caminho, podemos iniciar a ação no paciente. Ao mesmo tempo que verificamos a<br />

respiração, realizamos a abertura da via aérea com a hiper-extensão da cabeça. Estando à direita do<br />

paciente, coloca-se a mão esquerda sobre a fronte, levando a cabeça um pouco para trás. Ao mesmo<br />

tempo os dedos da mão direita são colocados sob o queixo e num movimento de tração procede-se a<br />

abertura da boca e o deslocamento anterior da mandíbula, proporcionando a máxima abertura da<br />

orofaringe e desobstrução da laringe. Devemos aproximar o ouvido do rosto da pessoa e olhando<br />

para o tórax do paciente observamos se existe movimento respiratório, vendo , ouvindo e sentindo a<br />

ventilação.<br />

AÇÃO: Abrir via aérea com inclinação da cabeça. Ouvir, ver e sentir a ventilação. (Fig.3.) Exceção:

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