UNIVERSDADE FERDERAL DE SANTA CATARINA ... - UFSC
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destina a permitir uma chance ao paciente para a chegada do desfibrilador, pois dificilmente o ritmo<br />
irá se recuperar sem ele. Agora sim, a (fibrilagào ventricular ou taquicardia ventricular) ou no caso<br />
de assistolia, da remoção da causa primária da PCR. A prevenção do comprometimento cerebral é o<br />
grande objetivo.<br />
"D" - primário - Desfibrilação-<br />
Identificar o ritmo e desfíbrilar o mais rápido possível!<br />
Na via pública, o paciente só terá alguma chance se tiver acesso a um desfibrilador externo<br />
automático (<strong>DE</strong>A) portátil ou a um serviço de urgência equipado e pronto para atendimento. No<br />
hospital no inicio da manobra a primeira preocupação foi dar o aviso "tragam o desfibrilador!". Tão<br />
logo disponível, o seu uso é a prioridade.<br />
Instalação do <strong>DE</strong>A (Fig. 8) * O <strong>DE</strong>A é um instrumento para uso leigo, apesar da necessidade de<br />
treino básico. O aparelho é de fácil uso e de formato extremamente simples e com instruções de voz<br />
o que permite um manuseio seguro.<br />
Aplicação do cardioversor/desfibrilador na emergência<br />
Existem diversos tipos de aparelhos desfibriladores com algumas particularidades diferentes entre as<br />
diversas marcas, mas de uma maneira geral seu manuseio é muito semelhante. Ê de grande<br />
importância que a equipe do setor de emergência esteja familiarizado com o funcionamento deste<br />
aparelho. Durante a manobra de ressuscitação a equipe que está realizando a RCP não interrompe a<br />
manobra enquanto o aparelho está sendo prontificado e não houver a ordem de liberar a área. Uma<br />
pessoa que ainda não esteja envolvida com a ventilação / RCP, deve ser designada especificamente<br />
para manipular o desfibrilador.<br />
Passo n" l - Ligar o aparelho. Passo bastante óbvio mas muitas vezes esquecido na pressa.<br />
Geralmente o desfibrilador possui uma bateria para uso em qualquer local, portanto não é necessário<br />
esperar ligá-lo a fonte fixa em tomada para ser acionado. Se disponível, solicita-se que alguém ligue<br />
a tomada quando possível.<br />
Passo n° 2 - Colocar as pás do desfibrilador no paciente. Muitos modelos de aparelho desfibrilador/cardioversor<br />
(principalmente os mais novos) possuem capacidade de utilizar as pás de<br />
desfibrilação como eletrodos de ECG. Nesse caso, ao ligar o aparelho ele automaticamente se ajusta<br />
a esta derivação, bastando portanto aplicar as pás no paciente para que se inicie o registro. Uma<br />
delas deve ficar sobre o esterno e outra sobre o ápice cardíaco. Conforme o aparelho existe uma pá<br />
apropriada para cada posição, estando estampado de forma visível no aparelho a posição correia a<br />
ser usada. Ao aplicar as pás, para que ocorra registro, ninguém deve tocar o paciente para que não<br />
haja interferência. Para tanto deve ser dada a ordem: "Estou aplicando as pás e verificando o ritmo -<br />
AFASTEM-SE." Alguns aparelhos (principalmente os mais antigos), não possuem esse dispositivo,<br />
necessitando que um cabo de eletrodos a parte seja instalado.<br />
Passo n° 3 - Verificar o ritmo. Verificando o monitor fica definido qual o ritmo do paciente. Caso<br />
seja um ritmo chocável (de fibrilação), segue-se imediatamente a desfibrilação. Podemos verificar no<br />
entanto outras 2 situações:<br />
A) LINHA RETA - Caso o monitor demonstre uma linha sem oscilações, chamamos de linha reta.<br />
Nesse caso deve-se verificar imediatamente se as pás estão conectadas corretamente. Se não a<br />
defeito de conexão do aparelho realiza-se uma manobra rápida de inversão das pás, na tentativa de<br />
criar uma outra derivação que possa detectar alguma atividade elétrica antes não visível. O ganho do<br />
aparelho também deve ser elevado ao máximo. Estabelecida que verdadeiramente trata-se de uma<br />
assistolia o choque é contra-indicado e segue-se o ABCD secundário.<br />
B) Atividade elétrica sem pulso - Ao colocarmos as pás vemos atividade elétrica organizada.<br />
Checa-se o pulso e confirma-se a sua ausência. Novamente nesse caso a RCP será reiniciada<br />
com as manobras do ABCD secundário e o choque inicial estará contra-indicado.<br />
Passo n" 4 - Desfibrilar Estabelecida a presença de fibrilação indica-se o choque. Segue-se o<br />
protocolo:<br />
a) Carregar o desfibrilador em 200 Joules para o primeiro choque.<br />
b) AVISAR o CHOQUE - A possibilidade de acidente com choque indevido em um dos so-corristas<br />
é absolutamente real. Portanto a segurança manda que se proceda o aviso de afastar do choque.<br />
Exemplo: "Vou desfibrilar no 3: l, estou afastado (verificar se o próprio operador não está em<br />
contato com a maca ou o paciente); 2, você está afastado (o operador verifica se o pessoal<br />
responsável pela ventilação / RCP se afastou); 3, todos afastados (verificar mais uma vez o leito se<br />
não há nenhum outro observador em contato com o paciente)<br />
c) Aplicar o choque<br />
d) Verificar o monitor