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Ao chegarmos no domicilio, fomos recebidas com bastante alegria. Inicialmente nos apresentamos, pois uma de nós ainda não conhecia a pessoa e familiares.Também aproveitamos este momento inicial para esclarecermos sobre nosso trabalho e os motivos pelos quais nós estávamos os visitando. Após as apresentações, iniciamos uma conversa informal sobre a constituição da família. No momento da visita apenas o casal estava em casa. Cravo relatou que possuí 12 filhos, 06 destes do primeiro casamento, quatro deste novo, 35 anos de casado, e dois do primeiro casamento da esposa, relata que um ainda mora com a família, juntamente com um neto, que apresenta problemas mentais, algo que o preocupa bastante. Cravo e família vivem em sítio em Santo Antônio de Lisboa onde são caseiros, ambos também são aposentados, ele trabalhava como pedreiro e ela é do lar. A casa onde vivem faz parte do sítio não possuindo moradia própria, o que os preocupa bastante. Cravo relatou que possuí Diabetes Mellitus tipo II há 25 anos, e é usuário de insulina regular e NPH há 10 anos, também há 10 anos desenvolveu hipertensão arterial sistêmica. Faz uso de antihipertensivo pelo mesmo período. Sua esposa relata possuir cefaléia intensa, mas já possuí consulta marcada com neurologista. Demonstrou falta de informação sobre as doenças que possuí e sobre as medicações que utiliza, bem como os mecanismos de ação, efeitos colaterais e via de administração da insulina, fazendo a aplicação intramuscular. Sua esposa faz as aplicações. Neste momento explicamos os locais ideais de aplicação, rodízios, e a importância e necessidades destes. Quando questionados sobre a alimentação relatou não utilizar açúcar, porém ingerir grandes quantidades de pão caseiro desconhecendo a presença de glicose em pães, massas e amidos em geral, relata que aprecia frutas, porém ás evita pois contém muito açúcar. Neste momento a família foi orientada acerca destes aspectos. Utiliza sal em grande quantidade durante as refeições, a esposa demonstrou interesse em diminuir e foi orientada para tal. Relatam utilizarem a Unidade Local de Saúde para, consultas periódicas, não sendo visitados pelos Agentes comunitários de Saúde, nem uma vez, há doze anos residem no local. Desconhecem a existência de grupos de portadores de diabetes e hipertensos, demonstrando interesse em participar. Cravo relata que seu grande problema é o nervosismo , pois em diversas situações, por exemplo, a espera de uma consulta na Unidade de Saúde, sua pressão altera-se significativamente, a ponto da necessidade de acionar o SAMU, na ocasião. Relata que sua glicemia e pressão arterial sistêmica são instáveis, mantendo-se alta na maioria das vezes que verifica. Examinamos seu pé, e constamos que este está em risco, pois apresenta dormência, insensibilidade, enrijecimento das unhas, e ulcera venosa na região da perna 98
esquerda, com coloração acastanhada. Explicamos os riscos que ele corria e os cuidados que devia tomar. Quando questionados sobre dúvidas, relatam não possuir, apesar da falta de informacão acima percebida. Enceramos nossa visita marcando outra para a próxima segunda- feira às 9:30 de acordo com a disponibilidade da família. Em um segundo momento, nos dirigimos a Unidade Local de Saúde. Conversamos informalmente com a Enfermeira da Unidade, esta relatou que a pessoa em questão possuiu dificuldade de compreensão, sendo orientado diversas vezes acerca das medicações, alimentação e grupos. Foi classificado como um paciente problema , autoritário e extremamente nervoso. Planejamento da segunda visita domiciliar - CRAVO Ao final da primeira visita domiciliar, marcamos a segunda para o dia 12/06/2006, às 9:30, de acordo com a disponibilidade da família. Objetivos Gerais Acompanhar e observar e a vitima atendida pelas acadêmicas na USA- SAMU, em seu contexto domiciliar, formando um elo, com a Unidade local de Saúde. Objetivos específicos Com o intuito de realizar assistência de enfermagem integrada e ampla possuímos os seguintes objetivos específicos: 1. Coletar dados para a realização do processo de enfermagem; Simultaneamente as conversas todos os questionamentos serão anotados, sendo esclarecidos os motivos pelos quais estamos coletando, e só feitos com a devida permissão por escrito da pessoa em questão. 2. Orientar sobre o grupo de hipertensos e diabéticos e encaminhar a pessoa para o mesmo; Através da visita as Unidades locais de Saúde, fomos orientadas sobre os encontros e datas destes. Iremos participar juntamente a pessoa para estimulá-lo a participar. 3. Orientar sobre o uso de insulina através de esquema de rodízio; Oferecer a pessoa um esquema de rodízio utilizado em meio hospitalar, para esta melhor ser mais bem aplicada. 4. Reforçar orientação sobre alimentação adequada e hábitos saudáveis de vida; Orientar sobre alimentos ricos em carboidratos e sua ação no diabetes e o sal na hipertensão arterial sistêmica. 5. Clarificar a relação da insulina, Diabetes e alimentação; 99
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