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UNIVERSDADE FERDERAL DE SANTA CATARINA ... - UFSC

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Trauma - na suspeita de trauma cervical esse movimento não é permitido, devendo ser realizada a<br />

tração da mandíbula. Não serão vistos os detalhes dessa situação por não fazerem parte do escopo<br />

desse texto. O colar cervical instalado após trauma não deve ser retirado na sala de emergência até<br />

que se prove a ausência de lesão cervical.<br />

O PACIENTE NÃO RESPIR.A Garanta uma Boa respiração<br />

"B" - primário - Boa Respiração Paciente não respira. O que fazer?<br />

O paciente já está com a via aérea pérvia, pela manobra de inclinação da cabeça e elevação da<br />

mandíbula. O socorrista olha, sente e ouve e certifica que o paciente não respira. Nesse momento<br />

deve ser aplicada a respiração de resgate. Garantir a Boa Respiração<br />

Simplesmente "soprar" ar na via aérea não basta. O pulmão tem que receber o ar. No entanto, a partir<br />

da cavidade oro-nasal o conduto se divide em um conduto aéreo (a traquéia) e outro digestivo (o<br />

esófago). Ao insuflarmos ar de maneira intensa, a pressão atmosférica gerada tenderá a exercer<br />

pressão no esôfago e o ar então passa a se acumular no estômago. Para evitar essa ocorrência e<br />

otimizar a ventilação deve-se proceder de 2 formas: a) Insuflar lentamente e com a pressão suficiente<br />

para notarmos o movimento respiratório. Dessa forma o esôfago tenderá a permanecer colabado e o<br />

ar entrará preferencialmente na traquéia. b) Executar a manobra de Sellick. Comprimindo-se a<br />

cartilagem cricóide obtém-se o fechamento do esôfago, otimizando a ventilação e evitando o refluxo<br />

de conteúdo do esôfago. Dispositivos primários de ventilação usados na PCR Na via pública: a)<br />

lenço facial ou b) máscara de bolso No Hospital: Máscara + AMBU (Figs. 4 e 5)<br />

Dentro do ambiente hospitalar temos a facilidade do material de ventilação não-invasivo. O AMBU<br />

associado a máscara é o método usado no atendimento primário da PCR na emergência hospitalar. A<br />

utilização da máscara não é exatamente fácil. A sua colocação deve ser correia para que a ventilação<br />

seja eficaz, cobrindo tanto o nariz quanto a boca e novamente a insuflação deve ser lema e suave.<br />

Como no ambiente hospitalar várias pessoas estarão atendendo o paciente em PCR, é ideal que a<br />

ventilação possa ser feita por 2 pessoas, uma segurando a máscara e outra insuflando o Ambu. Nesse<br />

ponto, lembramos que a prioridade não é a colocação do Tubo Traqueal. O objetivo primário é a<br />

desfibrilação imediata de um ritmo fibri-latório. Perder tempo com procedimento de entubação nesse<br />

ponto do atendimento é um erro grave.<br />

Eficácia da ventilação<br />

Novamente ressalta-se: "ver", "ouvir" e "sentir" a ventilação, observando os movimentos do tórax, e<br />

o fluxo de ar expiratório. A primeira ventilação de resgate se constitui de 2 insufla-ções lentas, de 2<br />

segundos cada uma. Após as 2 insuflações inicia-se o "C", com a checagem do pulso e as<br />

compressões torácicas. O ciclo será de 15 compressões para cada 2 respirações, como será visto<br />

adiante e deverá ser mantida até a desfibrilação ocorrer, Na manobra boca-a-boca com dispositivo de<br />

barreira facial, após a insuflação viramos o rosto em direção ao tórax para ver seu movimento e com<br />

o ouvido próximo a boca ouvimos e sentimos o ar expelido. Se isso não estiver ocorrendo denota<br />

ineficácia da manobra que pode estar sendo causada por obstrução da via aérea. O motivo deve ser<br />

pesquisado, encontrado e sanado pois de nada adiantará as compressões torácicas se não existir<br />

oxigénio nos pulmões.<br />

"C" - primário - Circulação Checar pulso!<br />

Imediatamente após a ventilação de resgate deve-se checar o pulso carotídeo. A ausência de pulso<br />

indica a necessidade de manter a circulação através das compressões torácicas. No entanto antes de<br />

iniciar as compressões verifica-se mais uma vez os sinais de ausência de circulação. Verifique se o<br />

paciente não se mexe, não tosse e não respira. Compressão torácica - técnica.<br />

O socorrista se põe ao lado do paciente. Com os dedos de uma das mãos, apalpa-se o processo<br />

xifóide do esterno e contam-se 2 dedos acima, sobre o meio do esterno. Coloca-se a outra mão<br />

imediatamente ao lado dos 2 dedos que medem a distância correta do apêndice xifóide e coloca-se a<br />

primeira mão sobre a mão já posicionada. Esse movimento não dura mais que l segundo e previne a<br />

má-colocação das mãos, o que geraria uma compressão ineficaz.<br />

Os cotovelos devem permanecer esticados (Fig. 7), pois a flexão do braço vai tirar a força a ser<br />

imprimida ao esterno. Os ombros e os braços devem ficar num plano perpendicular ao esterno. Se o<br />

paciente estiver no chão isso é feito de joelhos ao lado do paciente. Se o paciente estiver em maca é<br />

importante que o socorrista esteja sobre uma escada ou algum outro a-poio que o coloque numa<br />

altura acima do plano da maca, do contrário o braço ficará fletido. Os dedos devem estar<br />

entrelaçados ou levantados para não tocar o tórax. A mão totalmente espalmada aumenta muito a<br />

área de contato e dissipa a força da compressão torácica,<br />

A força é gerada pelo peso do tronco sobre os braços. Devem ser realizadas 100 compressões por<br />

minuto o que imprime um ritmo rápido de mais de l movimento por segundo. Dessa forma, ao contar

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