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revista “Querer é Poder” - Instituto Pupilos do Exército

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“Knowing me Knowing you”<br />

Inteligência emocional e personalidade<br />

“Seek first to understand…then to be understood.” (1)<br />

Stephen R. Covey<br />

No dia 2 de fevereiro de 2013 participámos numa sessão<br />

de formação apresentada por Neil Mason, forma<strong>do</strong>r,<br />

professor de Língua Inglesa e colabora<strong>do</strong>r de uma editora<br />

portuguesa, subordinada ao tema Knowing me knowing you<br />

– emotional intelligence and personality. Por considerarmos<br />

o tema relevante para a nossa prática pedagógica sentimos<br />

necessidade de o partilhar com a comunidade escolar.<br />

O objetivo principal foi encorajar os <strong>do</strong>centes numa viagem de<br />

autoconhecimento, bem como, fomentar o conhecimento <strong>do</strong>s<br />

seus alunos, para melhor os compreender e ensinar. Neil Mason<br />

deu-nos a conhecer ferramentas valiosas para a compreensão<br />

de nós próprios e das relações interpessoais, enquanto<br />

professores e não só. Procurou despertar nos presentes uma<br />

vontade de saber um pouco mais sobre nós próprios enquanto<br />

professores, mas sobretu<strong>do</strong> enquanto pessoas com uma missão<br />

tão nobre, como <strong>é</strong> a de ensinar.<br />

“Knowing me Knowing you” desenvolveu-se em duas vertentes:<br />

“Knowing me” – autodescoberta; “Knowing you” – trabalhar<br />

com os alunos. Foi feito um breve enquadramento teórico<br />

<strong>do</strong> tema, o qual nos remeteu para a definição de Inteligência<br />

Emocional segun<strong>do</strong> Daniel Goleman, pai <strong>do</strong> termo, como “a<br />

capacidade de perceber e gerir as próprias emoções e as das<br />

pessoas à sua volta”. Sen<strong>do</strong> que as pessoas com um eleva<strong>do</strong><br />

grau de inteligência emocional normalmente sabem o que<br />

sentem, o que isso significa e como as suas emoções afetam<br />

os outros.<br />

Para um líder, ter inteligência emocional <strong>é</strong> essencial para o<br />

sucesso, mas tamb<strong>é</strong>m para as crianças pode ajudar a melhorar<br />

o sucesso acad<strong>é</strong>mico, fortalecer as amizades e reduzir os<br />

comportamentos desviantes. Qualquer pessoa pode possuir<br />

os meios que lhe permitem construir relações de sucesso,<br />

mas isso dependerá da sua perceção <strong>do</strong>s cinco elementos que<br />

constituem a inteligência emocional: Autoconhecimento;<br />

Autorregulação; Motivação; Empatia e Habilidades sociais.<br />

Quanto melhor for o uso destas, maior será a sua inteligência<br />

emocional.<br />

Estilos de aprendizagem<br />

Cada indivíduo tem o seu próprio estilo e forma de aprender:<br />

pelos senti<strong>do</strong>s, pela intuição, de forma visual ou verbal, de<br />

forma ativa ou reflexiva, de mo<strong>do</strong> sequencial ou global.<br />

William Marston, psicólogo, contribuiu decisivamente para a<br />

descoberta e avanço desta temática propon<strong>do</strong> uma abordagem<br />

atrav<strong>é</strong>s <strong>do</strong> modelo que ele criou e designou de “DISC”. A sua<br />

ideia foi medir a energia <strong>do</strong> comportamento bem como a sua<br />

consciência. Marston não chegou a desenvolver um processo<br />

de avaliação ou um teste para este modelo, mas os seus<br />

segui<strong>do</strong>res fizeram-no.<br />

O que <strong>é</strong> o “DISC”?<br />

O “DISC” <strong>é</strong> um acrónimo para os quatro tipos de personalidade<br />

descritos por Marston: Domínio (Dominance), Influência<br />

(Influence), Firmeza (Steadiness) e Consciencialização<br />

ESCRITOS<br />

(Conscientiousness). O primeiro relaciona-se com o controlo, o<br />

poder e a assertividade; o segun<strong>do</strong> tem a ver com situações de<br />

carácter social e comunicacional; o seguinte relaciona-se com<br />

a paciência, a persistência e a sensatez; e o último tem a ver<br />

com a estrutura e a organização. Segun<strong>do</strong> o “DISC” podemos<br />

distinguir diferentes perfis de personalidade.<br />

Quan<strong>do</strong> sujeitas a um teste de “DISC”, as pessoas<br />

pre<strong>do</strong>minantemente “D” — Condutoras (Drivers) — são as que<br />

facilmente lidam com problemas e desafios, são <strong>do</strong>mina<strong>do</strong>ras,<br />

diretivas e faze<strong>do</strong>ras; pelo contrário, as que menos cotação<br />

obtiveram, tendem a ser conserva<strong>do</strong>ras, pacíficas e cautelosas.<br />

As pessoas manifestamente “I” — Motiva<strong>do</strong>ras (Motivators) —<br />

influenciam outros atrav<strong>é</strong>s <strong>do</strong> diálogo e da atividade e tendem<br />

a ser emocionais. São inspira<strong>do</strong>ras, interessantes e interativas;<br />

por oposição a estas encontram-se as que são c<strong>é</strong>ticas,<br />

pessimistas e desconfiadas, muito factuais e críticas.<br />

As pre<strong>do</strong>minantemente “S” — Pormenoriza<strong>do</strong>ras (Detailers) —<br />

apoiam de forma segura e estável, não gostam de mudanças<br />

bruscas, são calmas, relaxadas e pacientes; já as que se<br />

encontram no la<strong>do</strong> oposto são impacientes, impulsivas e<br />

demonstrativas.<br />

As pessoas com elevada classificação em “C” — Harmoniza<strong>do</strong>ras<br />

(Harmonizers) — apreciam regras, regulamentos e estruturas.<br />

Trabalham de mo<strong>do</strong> eficiente e com qualidade logo à primeira,<br />

são cui<strong>do</strong>sas, sistemáticas, diplomatas e exatas. Por oposição,<br />

surgem os que desafiam as regras, querem independência, são<br />

teimosos, arbitrários e não se preocupam com o detalhe.<br />

Professores e alunos são diferentes “DISC”, mas somos nós,<br />

professores, que precisamos de nos compreender e ajustar<br />

aos nossos alunos, facilitan<strong>do</strong> aprendizagens, certifican<strong>do</strong> e<br />

ratifican<strong>do</strong> as suas descobertas, envolven<strong>do</strong>-os no processo de<br />

aprendizagem e trabalhan<strong>do</strong> com eles, sejam eles de que tipo<br />

forem.<br />

Um breve passagem pelo sítio da Internet www.onlinedisc.<br />

com/educator.htm poderá reservar-lhe grandes surpresas e at<strong>é</strong><br />

permitir-lhe perceber um pouco quem <strong>é</strong>, enquanto profissional<br />

da educação. Se quiser fazer uma versão <strong>do</strong> teste vá a www.<br />

attitude.org.nz/home/swf/personality_test.swf ou para uma<br />

versão simplificada em http://tinyurl.com/smalley-test irá<br />

surpreender-se!<br />

Parafrasean<strong>do</strong> George Reavis na sua fábula “The Animal<br />

School” podemos dizer que a moral da história <strong>é</strong> simples: “Cada<br />

criatura tem as suas próprias habilidades segun<strong>do</strong> as quais irá<br />

naturalmente ter um comportamento de excelência, a não ser,<br />

claro, que lhe seja pedi<strong>do</strong> algo para o qual não foi destina<strong>do</strong>.<br />

Quan<strong>do</strong> isso acontece, a frustração, o desencorajamento e a<br />

culpa trarão resulta<strong>do</strong>s globalmente menos positivos e por<br />

vezes a total derrota”. Ser professor <strong>é</strong> guiar, trabalhar e estar<br />

alerta para que isso não aconteça.<br />

Tal como Parker J. Palmer disse: “Conhecer-me <strong>é</strong> tão importante<br />

para uma boa prática pedagógica como conhecer os meus<br />

alunos”.<br />

(1)<br />

Procura primeiro compreender…<br />

depois ser compreendi<strong>do</strong>”.<br />

Ana Paula Rodrigues e Ana Luísa Tendeiro,<br />

professoras de Inglês<br />

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