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revista “Querer é Poder” - Instituto Pupilos do Exército

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empírico, sob pena de criarmos elites arrogantes que bloqueiam<br />

sistematicamente a promoção social <strong>do</strong>s melhores ou <strong>do</strong>s que são<br />

diferentes.<br />

Queremos ser diferentes e temos a ambição de ascender pelo<br />

m<strong>é</strong>rito sem ficarmos presos aos favores de ningu<strong>é</strong>m. Queremos<br />

continuar a trilhar o nosso caminho.<br />

Não queremos ir por ali.<br />

Meu General: terminou o seu quarto de sentinela, chegou a altura<br />

de render a guarda e de lhe manifestarmos a nossa profunda<br />

estima e consideração.<br />

Fique tranquilo que continuamos a não ir por ali.<br />

Querer <strong>é</strong> Poder!»<br />

“Natal, a mais bela história”… com 99% de<br />

transpiração<br />

A aventura de representar “a mais bela história” começou em<br />

novembro nas salas de aula de Educação Visual, com o objetivo de<br />

realizar um pres<strong>é</strong>pio original e concorrer ao concurso promovi<strong>do</strong>,<br />

há cerca de 20 anos, pela Junta de Freguesia de Benfica e pelo<br />

Centro Comercial Fonte Nova.<br />

Após estudar a história e efetuar a pesquisa sobre o tema,<br />

EFEMÉRIDES E EVENTOS<br />

iniciaram-se as dificuldades… Ter ideias originais para resolver e<br />

concretizar o desafio.<br />

Não foi nada fácil… at<strong>é</strong> posso acrescentar que para muitos alunos<br />

foi desesperante, demora<strong>do</strong>, angustiante, ansioso… mas PORQUÊ?<br />

Perguntava-lhes eu. Desespera<strong>do</strong>s respondiam:<br />

− Não sabemos. Por favor, a professora dê-nos uma ideia!<br />

− As ideias não se dão. Têm-se! − respondia eu.<br />

O que se passa com estas gerações que têm acesso facilita<strong>do</strong> a<br />

mais e melhor informação/conhecimento e apresentam mais<br />

problemas no desenvolvimento da criatividade?<br />

Penso que o problema reside precisamente na quantidade<br />

de informação com que são “bombardea<strong>do</strong>s diariamente” e<br />

na ausência de reflexão crítica que ajude a filtrar e digerir tal<br />

informação. Com uma agravante, estas gerações tiveram o<br />

privil<strong>é</strong>gio da “ausência de esforço. To<strong>do</strong>s os que lhes são queri<strong>do</strong>s<br />

tu<strong>do</strong> fizeram para que eles tivessem o que desejavam, mesmo que<br />

bens sup<strong>é</strong>rfluos. A sua intenção era a melhor, mas será que foi a<br />

melhor? Pergunto eu.<br />

Diz-se que estamos na sociedade da informação, mas estaremos<br />

perante umas gerações conscientemente informada, que processa<br />

a informação para o seu desenvolvimento e para a resolução <strong>do</strong>s<br />

problemas com que se deparam?<br />

Do que tenho observa<strong>do</strong>, penso que muitas vezes, não. É urgente<br />

(e hoje já se vem falan<strong>do</strong> que a criatividade ou a imaginação<br />

vão ser determinantes no combate à crise), enquanto pais e<br />

educa<strong>do</strong>res, criarmos situações que desafiem a zona de conforto,<br />

que obriguem os jovens a esforçarem-se e a investirem na procura<br />

de soluções que não são imediatas nem óbvias. Relembro que<br />

“<strong>é</strong> na capacidade criativa, que existe a chave da capacidade de<br />

evolução da humanidade” (Sanchez, 2003).<br />

Após três aulas “em branco”, decidi que era o momento de<br />

sentirem o clique e testemunharem este processo fascinante de<br />

ter uma ideia, inovar e realizar algo de que ningu<strong>é</strong>m se lembrou.<br />

Receitas não existem, to<strong>do</strong>s são diferentes, mas era meu objetivo<br />

fazer com que to<strong>do</strong>s experienciassem este processo fascinante.<br />

Assim, vou dar a conhecer as duas situações que foram distinguidas<br />

nos <strong>do</strong>is lugares cimeiros <strong>do</strong> concurso.<br />

1ª – No 9.º A, os alunos chegaram à terceira e última aula de<br />

esboços e relativamente à apresentação de ideias… “em branco”…<br />

conforme já foi referi<strong>do</strong>. O clique deu-se quan<strong>do</strong> lhes foi pedi<strong>do</strong><br />

que verbalizassem materiais que usassem noutras situações e que<br />

nunca pensassem ver num pres<strong>é</strong>pio. Após olharem uns para os<br />

outros estupefactos com a sugestão da professora, começaram a<br />

surgir palavras como papel, sabão, talheres (vinham <strong>do</strong> almoço),<br />

bolo…<br />

Mais admira<strong>do</strong>s ficaram ainda quan<strong>do</strong> a <strong>do</strong>cente aceitou e<br />

incentivou a realização de pres<strong>é</strong>pios com talheres de plástico<br />

e sabão, pois a questão económica era fundamental. Depois<br />

depararam-se com as questões t<strong>é</strong>cnicas e est<strong>é</strong>ticas que em<br />

conjunto foram ultrapassadas.<br />

2ª – No 7.º B, um aluno chegou à sala com um botão da farda<br />

descosi<strong>do</strong>. Outra aluna queria aprender a coser. O clique deu-se<br />

quan<strong>do</strong> aliámos interesses e necessidades e se desenvolveu um<br />

projeto com materiais de costura. Conheceram os materiais e os<br />

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