revista “Querer é Poder” - Instituto Pupilos do Exército
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O Hino <strong>do</strong>s <strong>Pupilos</strong> <strong>do</strong> Ex<strong>é</strong>rcito<br />
No qual se destaca o canto vivo e alegre por to<strong>do</strong>s os alunos,<br />
desde os mais tenros 10 anos de idade <strong>do</strong> amor à Pátria com<br />
desprezo da própria vida, o amor ao estu<strong>do</strong>, ao trabalho com<br />
alma e prazer para engrandecimento e enobrecimento <strong>do</strong><br />
<strong>Instituto</strong> que culmina na divisa a<strong>do</strong>tada para lema <strong>do</strong>s <strong>Pupilos</strong>:<br />
QUERER É PODER<br />
A adesão voluntária e crítica a uma formação espiritual<br />
O papel muito importante que o Capelão desempenha no<br />
<strong>Instituto</strong> implementan<strong>do</strong> e desenvolven<strong>do</strong> a vivência das virtudes<br />
judaico-cristãs (em senti<strong>do</strong> lato os valores e virtudes humanas<br />
e teológicas) e que poderão ser aprofundadas espiritualmente,<br />
caso o aluno sinta essa necessidade intrínseca.<br />
Esta preparação sistemática <strong>do</strong> aluno <strong>do</strong> <strong>Instituto</strong> correlaciona o<br />
crescimento integral daquele com aquilo a que resolvi designar<br />
de âncoras externas, a saber:<br />
O amor e respeito pela Pátria e pelos seus símbolos, como são<br />
a Bandeira Nacional e o Hino Nacional, sempre muito presentes<br />
na vivência quotidiana <strong>do</strong>s alunos.<br />
A letra <strong>do</strong> Hino Nacional não <strong>é</strong> letra morta ou um faz de conta,<br />
mas algo que se sente sempre e não só quan<strong>do</strong> se canta ou ouve.<br />
O respeito pelos Órgãos de Soberania, como garantes de uma<br />
identidade nacional adquirida que <strong>é</strong> tamb<strong>é</strong>m a <strong>do</strong> próprio aluno.<br />
O respeito e admiração pelas instituições civis e militares <strong>do</strong><br />
Esta<strong>do</strong>, a separação de poderes vigente no Esta<strong>do</strong> de Direito, a<br />
vontade de vir a participar nessas mesmas instituições, de ser elo<br />
de perpetuação dessa mesma identidade e realidade.<br />
A vivência objetiva atrav<strong>é</strong>s da participação direta nas festividades<br />
nacionais que marcam datas relevantes na história de Portugal.<br />
O passa<strong>do</strong>, o presente e o futuro.<br />
Caros Alunos:<br />
É esta a realidade insofismável que, na mente <strong>do</strong> aluno <strong>do</strong>s<br />
<strong>Pupilos</strong> <strong>do</strong> Ex<strong>é</strong>rcito, como ousa dizer-se, primeiro se estranha e<br />
depois se entranha.<br />
Posso dizer-vos, por experiência própria, que esta cultura de<br />
exigência no início se reflete num choque brutal – mas <strong>é</strong> um<br />
bom choque, que deixa de o ser na exata medida em que começa<br />
a fazer parte de nós.<br />
Reparem que nesta família aprendemos a viver juntos, na<br />
camarata, fomentamos a camaradagem – partilhamos a câmara.<br />
Estamos, por idades e saberes, dividi<strong>do</strong>s por companhias –<br />
partilhamos o pão.<br />
O aluno <strong>do</strong>s <strong>Pupilos</strong> quan<strong>do</strong> chega cá a casa deve saber e sentir<br />
que, para bem de to<strong>do</strong>s, a obediência, a sinceridade e a ordem<br />
são fundamentais para aprendermos a viver juntos – ningu<strong>é</strong>m<br />
tem o direito de apontar o de<strong>do</strong> ao outro – se estas virtudes<br />
não estão ainda bem alicerçadas nos alunos, vamos ensiná-los<br />
a viver e reviver as mesmas com objetividade. Isto faz parte <strong>do</strong><br />
processo formativo inicial <strong>do</strong> aluno.<br />
Lembro-me bem que, com 10 anos, <strong>do</strong>rmia numa camarata<br />
EFEMÉRIDES E EVENTOS<br />
de 14 setores, com 110 alunos, onde não existiam chaves nem<br />
cadea<strong>do</strong>s! Vivia na minha casa!<br />
E este pragmatismo tão objetivo da cultura castrense <strong>do</strong><br />
respeito pelo outro, pelo subordina<strong>do</strong>, pelo superior, pelo aluno<br />
gradua<strong>do</strong>, <strong>é</strong> como o Latim na Língua Portuguesa – <strong>é</strong> a nossa<br />
Base!<br />
A partir desta base os alunos vão crescen<strong>do</strong> e vão experimentan<strong>do</strong><br />
e não apenas ouvin<strong>do</strong> dizer, vão efetivamente pon<strong>do</strong> em prática<br />
e sentin<strong>do</strong> aquilo que lhes <strong>é</strong> transmiti<strong>do</strong>, conjuntamente com os<br />
conhecimentos t<strong>é</strong>cnicos e científicos.<br />
Valores e virtudes como a camaradagem, a amizade, a lealdade,<br />
o trabalho, a fortaleza, a perseverança, a laboriosidade, a<br />
paciência, a justiça, a responsabilidade, o respeito pelo outro,<br />
a simplicidade, a sociabilidade, a sobriedade, a resiliência, o<br />
patriotismo, a humildade, a compreensão e o otimismo devem<br />
ser características <strong>do</strong> “Pilão IN”, isto <strong>é</strong>, da formação integral <strong>do</strong><br />
aluno, científica, t<strong>é</strong>cnica e humana – o mesmo <strong>é</strong> dizer: Mente<br />
Sã em Corpo São!<br />
Por tu<strong>do</strong> isto, o sucesso da escola pode aferir-se atrav<strong>é</strong>s <strong>do</strong><br />
produto acaba<strong>do</strong>, ou seja, com recurso à análise das carreiras<br />
<strong>do</strong>s seus antigos alunos. Na realidade, na carreira das armas,<br />
cerca de 50 alunos atingiram as estrelas <strong>do</strong> generalato ou <strong>do</strong><br />
almiranta<strong>do</strong>, a que se seguirão, estamos certos, muitos outros.<br />
Centenas são oficiais superiores <strong>do</strong>s diversos ramos das forças<br />
armadas e de segurança. Como curiosidade registe-se o facto<br />
de, na d<strong>é</strong>cada de 80, cerca de 30% das Espadas de Tole<strong>do</strong> da<br />
Academia Militar terem si<strong>do</strong> atribuídas a antigos alunos <strong>do</strong>s<br />
<strong>Pupilos</strong> <strong>do</strong> Ex<strong>é</strong>rcito, revelan<strong>do</strong> este indica<strong>do</strong>r um altíssimo<br />
grau de desempenho face ao número total de alunos entra<strong>do</strong>s<br />
naquela prestigiada instituição.<br />
Da mesma forma, muitos outros antigos alunos se distinguiram,<br />
distinguem e continuarão a distinguir, nos campos empresarial,<br />
da engenharia, da contabilidade e da gestão, da medicina, <strong>do</strong><br />
desporto, da investigação, <strong>do</strong> ensino superior universitário e<br />
polit<strong>é</strong>cnico, no governo, na administração pública e local, etc...<br />
O passa<strong>do</strong>, o presente e o futuro.<br />
Excelentíssimas Senhoras e Excelentíssimos Senhores:<br />
Pelo que foi e está dito, <strong>é</strong> fácil perceber e entender o <strong>Instituto</strong><br />
<strong>do</strong>s <strong>Pupilos</strong> <strong>do</strong> Ex<strong>é</strong>rcito como uma grande família, preparada para<br />
ser instrumento de desenvolvimento <strong>do</strong> País e instrumento de<br />
Cooperação Internacional, assim o queira e deseje o próprio País.<br />
Com efeito não estamos em tempo (e ainda que estiv<strong>é</strong>ssemos –<br />
seria sempre um ato de estranha soberba) de desbaratar aquilo<br />
que de bom o <strong>Instituto</strong> e Portugal têm para oferecer.<br />
Destaco, quanto a este aspeto, as necessidades <strong>do</strong> próprio País,<br />
da nossa diáspora e <strong>do</strong> espaço lusófono.<br />
A cooperação com o espaço Lusófono tem nos <strong>Pupilos</strong> <strong>do</strong><br />
Ex<strong>é</strong>rcito provas dadas atrav<strong>é</strong>s da frequência de alunos oriun<strong>do</strong>s<br />
<strong>do</strong>s países amigos e de língua oficial portuguesa.<br />
Esta cooperação deveria, a bem de to<strong>do</strong>s, ser intensificada. A<br />
toda a hora nos chegam à Associação <strong>do</strong>s <strong>Pupilos</strong> <strong>do</strong> Ex<strong>é</strong>rcito<br />
questões sobre a melhor forma de estudar e de implementar<br />
nos países lusófonos escolas semelhantes e com as características<br />
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