revista “Querer é Poder” - Instituto Pupilos do Exército
revista “Querer é Poder” - Instituto Pupilos do Exército
revista “Querer é Poder” - Instituto Pupilos do Exército
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
sem precisarmos de grandes indica<strong>do</strong>res económicos.<br />
A capacidade <strong>do</strong> povo português em se adaptar, em ser inova<strong>do</strong>r,<br />
em querer ajudar, em bem servir, em ser tolerante e respeita<strong>do</strong>r<br />
<strong>do</strong>s outros povos levou Portugal a mostrar mun<strong>do</strong>s ao mun<strong>do</strong>!!!<br />
Não se iludam, amigos, Portugal não teve uma revolução<br />
industrial, não teve uma reforma agrária de sucesso. Nós tivemos<br />
o mun<strong>do</strong> aos nossos p<strong>é</strong>s pela nossa capacidade de perceber e<br />
receber os outros!<br />
Desenvolver os nossos serviços, apresentar serviços de qualidade<br />
e exportá-los, não <strong>é</strong> ser-se serviçal, nem subserviente! É acreditar<br />
na nossa cultura, <strong>é</strong> defender a nossa identidade, <strong>é</strong> voltar a deixar<br />
a nossa marca nos quatro cantos <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>!<br />
SERVIÇOS, mas terão de ser serviços de qualidade, com verdadeiros<br />
t<strong>é</strong>cnicos de gestão e gestores a desenvolvê-los e a assegurar as<br />
tarefas inerentes aos mesmos.<br />
Gerir e saber gerir - um negócio (pequeno ou grande), uma fábrica<br />
(artesanal ou de tecnologia de ponta) ou um terreno agrícola<br />
(de cultura biológica ou em grande escala), coloca o aluno <strong>do</strong><br />
curso T<strong>é</strong>cnico de Gestão apto a trabalhar nos quatro setores de<br />
atividade e com sucesso!<br />
Neste momento e nos tempos mais próximos, o desafio da<br />
sociedade portuguesa passa por desenvolver e apostar num<br />
conjunto de atividades e de tarefas inerentes aos t<strong>é</strong>cnicos de<br />
gestão e aos gestores com capacidade para orientar, analisar<br />
e desenvolver atividades que originem produção no país em<br />
qualquer um <strong>do</strong>s setores de atividade.<br />
To<strong>do</strong>s os setores de atividade estão aptos a receber um aluno <strong>do</strong><br />
curso T<strong>é</strong>cnico de Gestão, o que lhe alarga em muito a possibilidade<br />
de empregabilidade comparativamente a outros cursos.<br />
Contu<strong>do</strong>, o setor terciário, designadamente o setor <strong>do</strong>s serviços,<br />
bem como as tecnologias da informação continuam a ser os mais<br />
promissores e <strong>é</strong> onde, na minha opinião, devemos concentrar os<br />
nossos esforços e desenvolver e especializar as vantagens que o<br />
nosso país tem para oferecer, vantagens naturais – sol, vento,<br />
mar, capacidade de raciocínio, capacidade de interação, língua,<br />
etc. e as vantagens criadas - boa restauração; bons serviços de<br />
hospedagem, boas telecomunicações, entre outros.<br />
Afinal os grandes investi<strong>do</strong>res, contribui<strong>do</strong>res <strong>do</strong> PIB no nosso<br />
país e cria<strong>do</strong>res de riqueza fizeram- no em que setor?<br />
Desde o tempo de D. Afonso Henriques sob a <strong>é</strong>gide das cruzadas<br />
e da conquista aos mouros, passan<strong>do</strong> pelos descobrimentos e at<strong>é</strong><br />
aos dias de hoje, que Portugal vive <strong>do</strong> com<strong>é</strong>rcio e das transações<br />
comerciais, mais ou menos licitas, que as situações e as <strong>é</strong>pocas<br />
históricas originaram.<br />
Tanto se fala numa Sonae, num Belmiro Azeve<strong>do</strong>, na Jerónimo<br />
Martins, nos grandes grupos económicos como o grupo Melo, o<br />
BES, a Impresa, entre outros. De onde vem a sua riqueza senão<br />
<strong>do</strong>s serviços presta<strong>do</strong>s – bancos, escolas, hospitais, hot<strong>é</strong>is,<br />
supermerca<strong>do</strong>s etc.<br />
Melhorar, incrementar e exportar os nossos serviços pode ser uma<br />
solução para a nossa crise económica!<br />
Bem-haja o IPE que continua a contribuir para “CRIAR CIDADÃOS<br />
ÚTEIS À PÁTRIA” e a prova disso <strong>é</strong> o sucesso que os alunos de<br />
economia e gestão têm ti<strong>do</strong> ao ingressar nas universidades mais<br />
conceituadas internacionalmente ou a desenvolver um trabalho<br />
s<strong>é</strong>rio e competente nas empresas.<br />
Ana Patrícia Matos<br />
ESCRITOS<br />
Revisitemos o passa<strong>do</strong><br />
Vivemos hoje num cenário de “oceanos de oportunidades”.<br />
Começaram por ser pequenas gotas, que se transformaram em<br />
rios, e daí rapidamente evoluíram para mares e, que a um ritmo<br />
alucinante, se transformaram em oceanos, de forma tal, que<br />
hoje vivemos num clima aberto e pleno de oportunidades.<br />
Este <strong>é</strong> o cenário e ambiente da comunidade “pilónica”. A<br />
maioria da parte discente vive, diria que, quase centrada, nas<br />
novas tecnologias, conseguin<strong>do</strong> muitos deles dar lições sobre as<br />
potencialidades e capacidades <strong>do</strong>s seus equipamentos.<br />
São os “smartphones” os “ tablets”, as últimas versões <strong>do</strong>s<br />
sistemas operativos, os computa<strong>do</strong>res portáteis mais recentes<br />
que constatamos ser o objetivo, o uso, e o abuso de muitos <strong>do</strong>s<br />
nossos alunos.<br />
Estas práticas constituem um capital de esperança, uma vez que<br />
incorporam conhecimento, tecnologia, talento e criatividade.<br />
Para que este esforço não se torne inglório, e tamb<strong>é</strong>m para<br />
que o investimento que os encarrega<strong>do</strong>s de educação, e o<br />
Esta<strong>do</strong> (que somos to<strong>do</strong>s nós) não tenha um retorno negativo,<br />
com repercussão nas gerações atuais e futuras, <strong>é</strong> fundamental<br />
que haja um esforço por parte de to<strong>do</strong>s no senti<strong>do</strong> de termos<br />
sempre presente os saberes, os usos, e as tradições passadas,<br />
deven<strong>do</strong> para isso, ser visita<strong>do</strong>s, e revisita<strong>do</strong>s várias vezes,<br />
sempre que necessário.<br />
No âmbito das Provas de Aptidão Profissional (PAP´s) podiam<br />
ser alvo de descriminação positiva as provas que abordassem<br />
temas relaciona<strong>do</strong>s com setores considera<strong>do</strong>s estrat<strong>é</strong>gicos<br />
a nível nacional (agricultura, atividades relacionadas com o<br />
mar, turismo, por exemplo) e que incorporassem saberes,<br />
conhecimentos e competências existentes, e projetan<strong>do</strong> os<br />
mesmos para o futuro.<br />
Desta forma contribuíamos para gerar um impulso para aquilo<br />
que constitui um desígnio estrat<strong>é</strong>gico nacional, em setores<br />
onde proliferam as pequenas e m<strong>é</strong>dias empresas.<br />
“Numa altura em que urge criar riqueza no País e gerar novas<br />
bases de crescimento económico, <strong>é</strong> necessário olhar para o que<br />
esquecemos nas últimas d<strong>é</strong>cadas e ultrapassar os estigmas que<br />
nos afastaram <strong>do</strong> mar, da agricultura e at<strong>é</strong> da indústria, com<br />
vista a produzirmos, em maior gama e quantidade, produtos e<br />
serviços que possam ser dirigi<strong>do</strong>s aos merca<strong>do</strong>s externos.<br />
Tenho defendi<strong>do</strong> que Portugal deve explorar novas opções<br />
de desenvolvimento, sen<strong>do</strong> que a nossa geografia, os nossos<br />
recursos naturais e o mar são, indubitavelmente, uma dessas<br />
opções.”<br />
In discurso de Sua Excelência o Presidente da República<br />
na Cerimónia de Abertura <strong>do</strong> 22º Congresso da APDC<br />
– Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das<br />
Comunicações, sob o tema «Um Mar de Oportunidades» em<br />
21 de novembro de 2012<br />
Domingos Borges<br />
(Professor MPCE, NIM 91010795)<br />
27