UTILIZAÇÃO DA MODELAGEM COMPUTACIONAL PARA AVALIAR ...
UTILIZAÇÃO DA MODELAGEM COMPUTACIONAL PARA AVALIAR ...
UTILIZAÇÃO DA MODELAGEM COMPUTACIONAL PARA AVALIAR ...
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
3.4. ESTUDOS RELACIONADOS À ASSIMETRIA <strong>DA</strong>S MARÉS<br />
Nesta seção são apresentados os principais estudos disponíveis na literatura que<br />
analisaram a interação entre os constituintes principais da maré e seus sub-<br />
harmônicos para analisar a assimetria das marés e dominância das correntes.<br />
Boon e Byrne (1981) utilizam modelagem numérica para estudar a influência da<br />
hipsometria de bacias costeiras ligadas ao mar por canais de maré, além da<br />
configuração geométrica destes canais, na hidrodinâmica e no transporte de<br />
sedimentos. Foram utilizados os constituintes M2 e M4 para explicar a dominância de<br />
correntes.<br />
Aubrey e Speer (1985) analisaram a propagação da maré medida em sistemas<br />
estuarinos rasos conectados ao oceano por canais estreitos. Verificaram a<br />
importância de sub-harmônicos e harmônicos compostos nestes estuários, onde o<br />
crescimento de sub-harmônicos de M2 (principalmente M4) produzem assimetrias<br />
nas marés.<br />
Aubrey e Speer (1985) utilizaram um modelo 1-D que foi aplicado a um estuário<br />
hipotético linearizado para estudar a influência da geometria de sistemas estuarinos<br />
rasos conectados ao oceano por canais estreitos na propagação e assimetria da<br />
maré. Identificaram a importância de a/h (amplitude da maré/profundidade média) na<br />
assimetria de marés, onde estuários mais rasos (a/h > 0,3) geralmente são<br />
caracterizados por vazantes mais longas e correntes de enchente mais intensas, a<br />
menos que existam grandes baixios de maré. Sistemas mais profundos (a/h~0,1 -<br />
0,2) com baixios de maré tendem a ter enchentes mais longas e correntes de<br />
vazante mais intensas.<br />
Dronkers (1986) discutiu as implicações da assimetria da maré para a morfologia<br />
estuarina e transporte de sedimentos. Indicou, entre outras situações, que os<br />
estuários pequenos com grandes planícies de maré, as velocidades máximas<br />
tendem a ocorrer no fim da vazante. Explicou que a onda de maré propaga-se mais<br />
rapidamente nos canais do que nas planícies de maré e, portanto, o abaixamento do<br />
nível d‟água se dá primeiro nos canais e depois na planície inundável, o que leva a<br />
28