capital humano PESSOAS FELIZES TRABALHAM MELHOR 16 | On edp “ Para mim este Encontro é a possibilidade de comunicação interna e interacção de todas as geografias e pessoas. Nós temos pessoas de norte a sul do país, cada uma está com as suas preocupações do dia-a-dia, não conhece a realidade na totalidade e aqui tem a oportunidade de as conhecer de forma muito viva e directa. O modelo teve duas situações: as sessões de cada empresa e depois a junção num só Grupo, que também traz grandes vantagens, possibilita comparar as realidades sectoriais com a realidade global. O modelo em si, de três sessões, quanto a mim, devia passar a ser de uma só, um dia só, com uma mensagem muito forte e um espaço lúdico muito, muito forte. ” O QUE SE DISSE NOS ENCONTROS “ Tenho orgulho em trabalhar numa empresa como a EDP ”
AS RESPOSTAS dos administradores edp capital humano PESSOAS FELIZES TRABALHAM MELHOR ANTÓNIO MEXIA, PITA DE ABREU E CRUZ MORAIS FALARAM DOS TEMAS ELEITOS PELOS COLABORADORES NA INTRANET, ESCLARECENDO ALG<strong>UM</strong>AS DÚVIDAS. FALARAM OLHOS NOS OLHOS A CERCA DE OITO MIL COLABORADORES. PITA DE ABREU EM DISCURSO DIRECTO “Os dois temas de recursos humanos que apareceram como mais votados foram a questão do rejuvenescimento e a da conciliação entre a vida pessoal e profissional. Aproveito para falar de mais um ou dois. Os projectos dos recursos humanos têm a finalidade de responder especificamente às necessidades da empresa e do seu envolvimento com o contexto. Quanto ao rejuvenescimento: 10% das pessoas que vão trabalhar na EDP até 2012, 2013, atingirão o número máximo de anos de serviço, e portanto vão sair por aposentação. Isso significa que, se nós queremos uma empresa que seja perene, precisamos de ter pessoas novas. Aproveito para dizer que, ao contrário do que corre, não há PAE para o ano de 2009, o programa de redução de efectivos acabou em 2007. Para 2009, não há nenhuma lista com pessoas a pré-reformar-se ou a rescindir contrato. Vão ser saídas naturais. O rejuvenescimento está a ser feito com uma intensificação dos contactos da empresa com as escolas – a ideia é “vender” a empresa como um bom local de trabalho. Temos a nosso favor várias coisas – um dos prémios que recebemos recentemente foi por pertencermos ao lote das empresas onde é melhor trabalhar; António Mexia disse há pouco que os inquéritos que temos mostram que, à saída da universidade, a EDP é um local de atracção, as pessoas querem vir trabalhar para a EDP. Eu costumo dizer que quando vim para a EDP, aqui há 30 anos, era como ir para o Benfica, fazer parte de uma equipa muito boa, vencedora a nível internacional. Isto há 30 anos. Agora talvez seja como ir para o Barcelona porque a EDP é mais multinacional. Mas, é verdade, vir para a EDP é bom. E que papel é que nos compete, a cada um de nós, no rejuvenescimento? É o de servirmos de embaixadores da empresa. De facto, esta empresa tem condições particularmente boas para que cada pessoa se possa desenvolver. Voltando à minha experiência pessoal, nestes últimos 30 anos não estive mais do que três anos na mesma função e já fiz muita coisa diferente. Não há muitas empresas no mercado que permitam a um profissional desempenhar tantas funções diferentes. E agora, há mais uma coisa que não havia no tempo em que eu entrei, que é poder ir para o Brasil, para os EUA e para Espanha e vice-versa. O sector da energia é entusiasmante porque, de repente, começou a acontecer um número de coisas – e não estou a falar só da liberalização e da questão das eólicas. Outra coisa que estamos a fazer é renegociar o acordo colectivo de trabalho. O acordo tem 30 anos e, entretanto passou-se muita coisa, a relação laboral é diferente agora do que era e necessita de ser adaptada. A EDP não tem problemas em cumprir os compromissos que tem com os seus trabalhadores do ponto de vista, por exemplo, das pensões ou da assistência na saúde. Tem que ser racional, tem que ser sustentada. O fundo de pensões da EDP está dotado com todo o dinheiro que é preciso para pagar as pensões de reforma das pessoas que têm direito a complemento de reforma. Há outras empresas que têm o problema de não ter o seu fundo de pensões devidamente dotado, mas nós não temos; a EDP foi gerando nos últimos anos lucros suficientes para evitar isso. Uma parte da riqueza criada pela EDP vai para o seu pessoal. Parte da riqueza que criamos vai para a sociedade através da Fundação (que para o ano terá 10 milhões de euros), outra parte é entregue aos accionistas, através dos dividendos, uma outra, ainda, fica na própria empresa como reserva para crescer, e finalmente há uma parcela que vai para os trabalhadores como prémios e de outras formas. Finalmente, o Conciliar. Sabemos que cada vez a vida profissional é mais exigente, cada vez trabalhamos com mais intensidade e, portanto, há que criar condições para que se restabeleça o equilíbrio entre a vida profissional e a vida pessoal; as pessoas só funcionam bem se tiverem uma vida pessoal equilibrada. A EDP está preocupada com isso e há um conjunto de medidas que estão incluídas no programa Conciliar para esse fim. Um folheto que vos foi distribuído refere o conjunto de medidas que, já este ano, foram adoptadas. Uma é o apoio ao nascimento. Cada criança que nascer, filha de um trabalhador ou adoptada, tem depositados 500 euros na sua conta. Outra medida, também para apoio aos pais, é dar uma licença adicional de 15 dias à mãe antes do parto. Espero que um dia o pai seja também abrangido para, depois do parto, ajudar a mãe a tratar da criança. Há também para os filhos; está neste momento em curso um processo de selecção de candidaturas para o Prémio Cidadania Júnior, e qualquer um dos nossos filhos pode concorrer a esse prémio. Não se pretende apenas premiar quem é o melhor aluno na escola, pretende-se premiar quem, além disso, de facto, pratique actividades de voluntariado ou outras que indiciem que será um bom cidadão. A questão da flexibilização do regime de trabalho numa empresa como a nossa, que é industrial, envolve alguns problemas, não se pode flexibilizar com muita facilidade mas já foi atribuído um endereço de email a todos os colaboradores e isto é um primeiro passo para permitir que, em certas circunstâncias, as pessoas possam trabalhar em casa, e que, quando têm que dar um apoio à família maior, tenham meios informáticos que permitam fazê-lo. E porque a nossa empresa está muito inserida na sociedade, todas as pessoas têm direito a meio-dia por mês para fazer trabalho de voluntariado numa das organizações que estão definidas. Há mais medidas de facilitação da vida pessoal que vão ser implementadas ao longo do tempo. O nosso objectivo, como António Mexia referiu, é o de criar condições para as pessoas serem felizes no trabalho, pois só trabalha bem quem é feliz. Olhem para o mundo à vossa volta; neste momento, como sempre foi, é muito bom ser da EDP. Mas nós queremos que seja ainda melhor.” On | 17