UM MUNDO UMA ENERGIA - Edp
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altavoltagem conciliação<br />
O PRIMEIRO “MANDAMENTO” DA CONCILIAÇÃO É A SUSTENTABILIDADE DO<br />
EMPREGO. RESIDE AÍ A LIGAÇÃO COM A SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL.<br />
<strong>UM</strong>A EMPRESA SUSTENTÁVEL NÃO É APENAS <strong>UM</strong>A EMPRESA QUE RESPEITA<br />
O MEIO AMBIENTE. É, SOBRETUDO E ANTES DE MAIS , <strong>UM</strong>A EMPRESA ECOLO-<br />
GICAMENTE VIÁVEL EM TERMOS DE ECOLOGIA H<strong>UM</strong>ANA.<br />
essa necessidade quem não tenha claramente<br />
definido, ou pelo menos claramente entendido,<br />
o seu projecto pessoal. Projecto em que a dedicação<br />
profissional é uma parte, porém, não o<br />
todo.<br />
Paralelamente, fomos descobrindo que a pessoa<br />
tem necessidades de conciliação pelo facto<br />
de viver em âmbitos que aparecem como fragmentações.<br />
Continua claro que as mulheres têm<br />
uma problemática mais difícil, e portanto, mais<br />
necessidades de conciliação, mas, mesmo assim,<br />
é certo que os homens também têm projectos<br />
diferenciados que querem desenvolver<br />
harmoniosamente, de forma integrada, mediante<br />
condições razoáveis de equilíbrio, e que, tal<br />
como as mulheres – ainda que haja e continuará<br />
a haver singularidades com respeito ao sexo<br />
e ao papel desempenhado – também têm projectos<br />
profissionais, familiares, pessoais, etc.<br />
CONCILIAR: <strong>UM</strong> OBJECTIVO COM<strong>UM</strong><br />
ENTRE PESSOA, EMPRESA E SOCIEDADE<br />
Também em paralelo, a sociedade e as empresas<br />
foram descobrindo que devem ajudar, e que<br />
devem fazê-lo também por interesse próprio.<br />
Expondo a necessidade e ao terem sido capazes<br />
de trabalhar no sentido de encontrar soluções,<br />
foram surgindo âmbitos de colaboração<br />
nos quais, tal como acontece em qualquer<br />
projecto em comum, se foram concretizando<br />
as partes que correspondem a cada membro<br />
da equipa e, especialmente, tornou-se óbvio a<br />
necessidade da co-responsabilidade.<br />
As soluções às necessidades de conciliação<br />
exigem da co-responsabilidade, ou seja, da conduta<br />
responsável de todas e de cada uma das<br />
partes.<br />
Neste sentido, responsabilidade, onde se encontra<br />
a chamada para uma maior maturidade<br />
das pessoas, às quais é pedida maior capacidade<br />
de compromisso para os próprios e para com<br />
os outros.<br />
PRINCÍPIO BÁSICO NA CONCILIAÇÃO:<br />
CO-RESPONSABILIDADE<br />
Descobrimos que conciliar trabalho e família,<br />
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assim como conciliar qualquer outro binómio<br />
que inclua trabalho, passa por entender, e respeitar,<br />
que é necessário manter o trabalho.<br />
Desta forma, o primeiro “mandamento” da<br />
conciliação é a sustentabilidade do emprego. Reside<br />
aí a ligação com a sustentabilidade empresarial<br />
e do mercado de trabalho. Uma empresa sustentável<br />
não é apenas, e nem sequer é o mais importante,<br />
uma empresa ecológica e que respeita<br />
o meio ambiente. Uma empresa sustentável é, sobretudo<br />
e antes de mais nada, uma empresa ecologicamente<br />
viável em termos de ecologia humana.<br />
Com o termo responsabilidade gerado e<br />
actuando sobre a conduta das pessoas, surgem<br />
as necessidades transcendentes. Ou seja, a necessidade<br />
de actuar pensando no impacto que<br />
as decisões têm sobre os outros. De outra forma,<br />
não resulta. Pelo menos, não resulta por<br />
muito tempo.<br />
Isso é o que íamos descobrindo no processo,<br />
em paralelo e à medida que avançávamos na descoberta<br />
de factores de satisfação das necessidades<br />
de conciliação: que no princípio e no fim estão<br />
sempre os outros. No princípio e no fim está a<br />
pessoa. A pessoa entendida como finalidade e,<br />
com ela, a mais nobre e fundamental das organizações<br />
humanas: a família.<br />
E, enquanto avançávamos, surgiam termos<br />
como gestão, atracção, fidelização e rentabilização<br />
do talento, salário mensal, absentismo emocional,...<br />
e outros, como compromisso, equidade,<br />
inovação, flexibilidade... Ia surgindo, cada vez<br />
mais claramente definido, o núcleo da conciliação:<br />
a pessoa e as suas responsabilidades familiares.<br />
O resto surgia como aquilo que realmente é:<br />
secundário, ainda que importante.<br />
O FUNDAMENTAL DA CONCILIAÇÃO<br />
Motivos transcendentes, intrínsecos e extrínsecos.<br />
Esse, e apenas esse, é o modelo conceptual.<br />
Não há equilíbrio, integração nem integridade<br />
possível sem os três elementos. E a ordem, agora<br />
e sempre que falamos de conduta humana na sua<br />
plenitude e globalidade, não é casual. E muito menos<br />
no que respeita à conciliação, onde fica claro<br />
que as necessidades transcendentes são a prioridade<br />
e os aspectos fundamentais da acção.<br />
Esta exposição, à qual poderíamos ter chegado<br />
desde o início e pela via teórica, foi igualmente<br />
constatada pela nossa experiência fora deste<br />
fundamento sólido, ou parcialmente no mesmo,<br />
e verificámos como surgem rápida e, por vezes,<br />
dramaticamente, o efeito boomerang.<br />
Seguindo este esquema, a tipologia das empresas<br />
é, também ela, repartida em três:<br />
1) Vimos – lamentavelmente ainda se vêem –<br />
empresas que, tanto em termos de RSE como<br />
em termos de RSI, orientaram as suas actividades<br />
para satisfazer necessidades extrínsecas – pouco<br />
– para divulgar, publicitar e vangloriar-se disso.<br />
Sabemos como é o final da história. Inexoravelmente<br />
chega rápido: frustração, rejeição, fracasso,<br />
agravamento do clima interno e do prestígio<br />
externo, quebra de competitividade, perda<br />
de confiança dos empregados e, consequentemente,<br />
dos clientes...<br />
2) Conhecemos empresas que, mal administradas<br />
ou excessivamente imersas num asfixiante<br />
ambiente de resultados e curtos prazos, implementaram<br />
medidas facilitadoras da conciliação,<br />
mas com os olhos postos apenas nos benefícios<br />
da conta de ganhos e perdas e não com critério<br />
de investimento, tendo em conta a sustentabilidade<br />
e a melhoria do activo do seu balanço. Tanto<br />
nestes casos, como nos anteriores, o empregado<br />
é visto como instrumento, como recurso, e<br />
não como pessoa. Também sabemos como termina<br />
a história, um pouco mais comprida que<br />
no caso anterior, mas afinal também curta e com<br />
os mesmos termos para associar aos resultados.<br />
3) Igualmente conhecemos, e são cada vez<br />
mais, empresas nas quais o foco, a gestão e a prática<br />
são realizados em coerência com o aspecto<br />
fundamental do modelo. Costumam ir devagar,<br />
mas com garantia. Comprometem-se, implicamse,<br />
certificam-se, e fazem-no por interesse próprio<br />
e porque se preocupam verdadeiramente<br />
com as pessoas na sua totalidade.<br />
A VIA CERTA<br />
As empresas do terceiro grupo são empresas que<br />
as pessoas escolhem para nelas colaborar. São pessoas<br />
comprometidas em primeiro lugar com elas<br />
próprias e, portanto, com capacidade de compromisso.<br />
Pessoas íntegras, com projectos definidos<br />
e integrados. Pessoas que trabalham com esforço<br />
e sacrifício para a concretização dos seus<br />
objectivos. Pessoas que já descobriram que o resultado<br />
é consequência do próprio desenvolvimento<br />
e das suas contribuições para com os ou