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Edição especial - Visão

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o Conselho de Segurança das Nações<br />

Unidas aprova por maioria (com os votos<br />

contra de Cuba e do Iémen e a abstenção<br />

da China) a resolução 678, que estabelece<br />

o dia 15 de Janeiro para a retirada das tropas<br />

iraquianas do Kuwait. Lançado o ultimato,<br />

os EUA reforçam o seu dispositivo,<br />

chamando reservistas que são designados<br />

para postos entretanto deixados vagos ou<br />

para reforçarem os batalhões já presentes<br />

na região. A operação Escudo do Deserto<br />

começa a ganhar os contornos de uma<br />

vasta operação militar.<br />

Na frente diplomática as coisas também<br />

não correm bem a Saddam. Dois terços<br />

dos 21 Estados-membros da Liga Árabe<br />

condenaram a invasão do Kuwait, fazendo<br />

eco das posições dos EUA, Inglaterra,<br />

França, URSS e Japão. O Egipto e outros<br />

CONFIANÇA NA VITÓRIA<br />

No Dia de Acção de Graças, durante uma visita a um acampamento de militares norte-<br />

-americanos estacionados na Arábia Saudita, George Bush lança presentes aos soldados<br />

12 países árabes oferecem tropas para enfrentar<br />

Saddam e libertar o Kuwait, entretanto<br />

transformado em 19.ª província iraquiana.<br />

Do lado das fileiras de Saddam<br />

permanecem apenas a Jordânia, a OLP,<br />

Argélia, Sudão, Tunísia e Iémen.<br />

Perante o reforço da presença militar<br />

da coligação internacional, Saddam alarga<br />

os efectivos do seu exército, que passam<br />

de 500 mil para 680 mil homens.<br />

O que mais preocupa então os aliados é a<br />

possibilidade de Saddam utilizar armas<br />

químicas, biológicas ou mesmo nucleares,<br />

já que as informações recolhidas pela CIA<br />

e pelos agentes secretos infiltrados no terreno<br />

asseguram que Bagdad possui armas<br />

de destruição maciça. A evidência tinha<br />

sido recolhida anos antes, em 1986, quando<br />

60 mil curdos foram bombardeados<br />

com armas químicas pelo exército do seu<br />

próprio país, em Halabja. Outro motivo<br />

de receio é um ataque do Iraque a Israel:<br />

em resposta à agressão, o Estado judaico<br />

poderá utilizar armas nucleares, atingindo<br />

a guerra proporções inimagináveis.<br />

No campo da diplomacia é tentada uma<br />

última jogada. Além das iniciativas de<br />

franceses e russos, que fazem constantes<br />

peregrinações a Bagdad tentando uma saída<br />

para a crise – como a que propunha<br />

que Saddam obtivesse alguma vantagem<br />

territorial, anexando por completo o campo<br />

petrolífero de Rumaila e duas pequenas<br />

ilhas ao largo da costa kuwaitiana<br />

–, no dia 9 de Janeiro o secretário de Estado<br />

americano, James Baker, encontra-se<br />

em Genebra com o ministro dos Negócios<br />

Estrangeiros do Iraque, Tareq Aziz.<br />

VISÃO 21 de Março de 2003 65<br />

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