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Edição especial - Visão

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▲<br />

GUERRA DO GOLFO II Tomadas de posição<br />

MOBILIZAÇÃO GERAL PELA PAZ<br />

ajuda humanitária à população iraquiana.<br />

«Agora tudo tem de ser feito para se<br />

evitar um desastre humanitário» no<br />

país, defende uma nota divulgada pelo<br />

Governo social-democrata e «verde»<br />

germânico. Mas Berlim acrescentou que<br />

continuará a autorizar forças americanas<br />

a sobrevoarem a Alemanha e a transitarem<br />

pelo seu território.<br />

Quanto à França, que ameaçou vetar<br />

uma nova resolução do Conselho de Segurança<br />

da ONU autorizando o uso da<br />

força contra o Iraque, expressou a sua<br />

«mais profunda preocupação com o início<br />

da operação militar».<br />

Terceiro elemento da troika abertamente<br />

antiguerra juntamente com Chirac<br />

e Schröder, o Presidente da Federação<br />

Russa, Vladimir Putine, disse que<br />

não havia justificação para uma campanha<br />

militar no Iraque, a qual classificou<br />

de «erro político». Falando na quinta-<br />

-feira no Kremlin, em Moscovo, Putine<br />

pediu o fim dos devastadores bombardeamentos<br />

de Bagdad e outros alvos iraquianos<br />

e reiterou a intenção de conti-<br />

RICK RYCROFT/AP<br />

nuar empenhado na busca de uma solução<br />

política para a crise. Horas antes,<br />

uma importante personalidade da vida<br />

política russa já se havia referido ao ataque<br />

à velha Mesopotâmia como «um erro<br />

trágico» (até mesmo na perspectiva<br />

dos EUA), passível de vir a prejudicar as<br />

relações de Washington com outras capitais,<br />

inclusive com Moscovo.<br />

«Do ponto de vista da comunidade<br />

internacional [a acção militar], é ilegítima,<br />

injustificada e uma ameaça à estabilidade<br />

mundial», afirmou a referida autoridade.<br />

O ataque «é mal concebido,<br />

indevido e pode prejudicar algumas das<br />

importantes parcerias americanas e suas<br />

relações exteriores», argumentou.<br />

O Governo russo vem, desde o início<br />

da crise, criticando a posição dos EUA<br />

de querer desarmar o Iraque por via da<br />

força.<br />

Em Nova Iorque, o embaixador iraquiano<br />

na ONU, Mohammed Aldouri,<br />

reiterou alguns dos argumentos dos países<br />

que mais frontalmente questionam a<br />

legalidade da guerra, classificando a intervenção<br />

militar anglo-americana no<br />

Iraque de «violação do Direito interna-<br />

cional». Aldouri disse que pediria ao<br />

Conselho de Segurança e à ONU, como<br />

um todo, que fizessem as forças aliadas<br />

responder pelo ataque ao seu país.<br />

Alinhados com a América<br />

Numa declaração algo tardia, feita na<br />

tarde de 20, o primeiro-ministro britânico,<br />

Tony Blair (que se debate com sérias<br />

dificuldades internas), veio reiterar aquilo<br />

de que já toda a gente estava ao corrente:<br />

que forças armadas do seu país<br />

participam na ofensiva bélica ao lado<br />

dos americanos e que o objectivo da<br />

guerra é derrubar Saddam Hussein.<br />

Outro dos aliados de Washington e<br />

grande apoiante da acção militar, o chefe<br />

do Governo da Espanha, José María<br />

Aznar, convocou uma reunião ministerial<br />

para quinta-feira. Aznar, que conversou<br />

com Bush e Blair horas antes do<br />

bombardeamento do Iraque, disponibilizou<br />

duas bases aéreas para os EUA,<br />

mas as forças armadas espanholas não<br />

se envolverão no conflito.<br />

Na Ásia, o Japão e as Filipinas ofereceram<br />

apoio ao ataque, mas a Malásia e líderes<br />

muçulmanos da região condenaram a<br />

92 VISÃO 21 de Março de 2003

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