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Edição especial - Visão

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GUERRA DO GOLFO II Reacções em Portugal<br />

lREUNIÃO DO CONSELHO DE ESTADO<br />

Ninguém advogou o envolvimento de forças armadas portuguesas no cenário de guerra<br />

PAZ INSTITUCIONAL<br />

Tropa faz a ponte<br />

Jorge Sampaio recusou o envolvimento militar português no Iraque.<br />

Mas o ministro da Defesa, Paulo Portas, garante a capacidade das Forças Armadas<br />

PEDRO VIEIRA *<br />

Oenvolvimento ou não das Forças<br />

Armadas Portuguesas na coligação<br />

militar para derrubar Saddam<br />

Hussein tornou-se o ponto<br />

nevrálgico do entendimento entre o Presidente<br />

da República e o primeiro-ministro,<br />

na crise do Iraque. Jorge Sampaio rejeitou<br />

liminarmente esse envolvimento no «caso<br />

de não haver uma resolução específica do<br />

Conselho de Segurança». Durão Barroso,<br />

desde a visita à Áustria, há algumas semanas,<br />

repetiu, vezes sem fim, que Portugal<br />

não enviaria militares seus para o Golfo<br />

Pérsico. Num depoimento à VISÃO, porém,<br />

o ministro da Defesa, Paulo Portas<br />

fez questão de deixar claro que as Forças<br />

Armadas Portuguesas «já provaram e são<br />

capazes de cumprir as missões que o poder<br />

político lhes atribui».<br />

Ao que a VISÃO apurou, o Pentágono<br />

teria chegado a sondar a disponibilidade<br />

de Portugal para enviar efectivos para o<br />

Iraque. Fontes oficiais não só não nos<br />

confirmaram essa iniciativa, como adiantaram<br />

que essa disponibilização nunca<br />

chegou a ser ponderada. Apenas teorica-<br />

mente esse envio foi admitido, no quadro<br />

daquilo que o Governo definiu como<br />

«resposta graduada». Isto é, se o uso da<br />

força contra o Iraque tivesse sido especificamente<br />

aprovado pelo Conselho de Segurança,<br />

ficaria aberta a porta para um<br />

consenso entre o Presidente da República,<br />

o Governo e, por certo, o próprio Partido<br />

Socialista para a participação das<br />

Forças Armadas portuguesas no conflito.<br />

Sampaio em casa<br />

Não foi esse o desfecho do processo<br />

diplomático e, deste modo, Portugal, no<br />

78 VISÃO 21 de Março de 2003<br />

GONÇALO ROSA DA SILVA

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