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Vale ressaltar que a gran<strong>de</strong> maioria das análises sobre a instalação do complexo<br />

automobilístico na Bahia foi feita antes da sua entrada em operação. O primeiro estudo tendo<br />

o Complexo Industrial Ford Nor<strong>de</strong>ste como tema foi realizado em 2008, sete anos após a<br />

entrada da planta em operação. No referido trabalho, a pesquisadora Ângela <strong>de</strong> Almeida<br />

Franco analisa a dinâmica metropolitana a partir da instalação do empreendimento<br />

automobilístico que, <strong>de</strong> acordo com a crença do governo e <strong>de</strong> planejadores baianos, seria<br />

capaz <strong>de</strong> quebrar a rigi<strong>de</strong>z do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> industrialização local, por se configurar como um<br />

setor produtor <strong>de</strong> bens finais e, em razão disso, contribuiria <strong>para</strong> o melhor equacionamento<br />

entre crescimento econômico e progresso social. No entanto, em sua “conclusão em aberto”,<br />

Almeida Franco assevera, <strong>de</strong>ntre outras coisas, que os impactos urbanos do novo<br />

empreendimento estão circunscritos à periferia metropolitana, em razão da incorporação ao<br />

mercado <strong>de</strong> trabalho <strong>de</strong> um contingente <strong>de</strong> trabalhadores formais e mais bem remunerados<br />

que a média regional o que não modifica, entretanto, a matriz básica <strong>de</strong> segregação do ciclo<br />

petroquímico.<br />

Portanto, po<strong>de</strong>mos constatar que, <strong>de</strong> forma geral, ainda são poucos os estudos produzidos pela<br />

aca<strong>de</strong>mia que tenham como objeto <strong>de</strong> estudo o Complexo Industrial Ford Nor<strong>de</strong>ste e <strong>de</strong> forma<br />

específica, ainda são inexistentes os estudos que busquem compreen<strong>de</strong>r as relações <strong>de</strong><br />

trabalho nos espaço intrafabril, no “chão <strong>de</strong> fábrica” do CIFN. Logo, acreditamos que a<br />

relevância do estudo que empreen<strong>de</strong>mos encontra-se exatamente na tentativa <strong>de</strong> lançar o olhar<br />

da Sociologia sobre essas questões. No entanto, essa tarefa não foi das mais fáceis. Por várias<br />

vezes durante os quase três anos <strong>de</strong> pesquisa tornou-se constante o sentimento <strong>de</strong> estarmos<br />

diante <strong>de</strong> um <strong>de</strong>safio maior que a nossa capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> resposta. Isso ocorreu, acreditamos,<br />

<strong>de</strong>ntre tantos motivos, em razão da escassez <strong>de</strong> estudos sobre o tema, que pu<strong>de</strong>ssem <strong>de</strong><br />

alguma forma servir como referência <strong>para</strong> a nossa pesquisa e também <strong>de</strong>vido à<br />

“impermeabilida<strong>de</strong>”, resistência, <strong>de</strong>sinteresse e recusa <strong>de</strong> algumas instituições, como o<br />

próprio sindicato que representa os trabalhadores do CIFN, em contribuírem com o<br />

fornecimento <strong>de</strong> dados, entrevistas e informações que indubitavelmente tornariam este estudo<br />

mais rico. Mas isto não é uma <strong>de</strong>sculpa, até porque os percalços que tivemos e o<br />

comportamento “estranho” <strong>de</strong>sses agentes a que nos referimos, não <strong>de</strong>ixam <strong>de</strong> se<br />

constituírem, acreditamos, como dados da pesquisa. Mesmo assim, esperamos ter produzido<br />

algo que <strong>de</strong> alguma forma contribua efetivamente <strong>para</strong> a compreensão <strong>de</strong>ssa nova etapa da<br />

industrialização baiana, uma vez que, por razões elementares, as empresas do ramo químico,<br />

petroquímico e petrolífero instaladas no Pólo Industrial <strong>de</strong> Camaçari e em outras cida<strong>de</strong>s da<br />

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