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que liberassem seus mercados <strong>de</strong> capitais, permitindo que as taxas <strong>de</strong> juros refletissem as<br />

diferenças nacionais <strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong> do capital. No entanto, os europeus e os japoneses<br />

advogaram uma ação cooperativa <strong>para</strong> lograr um maior controle <strong>de</strong> movimento <strong>de</strong> capitais,<br />

mas foram <strong>de</strong>rrotados pela posição radical dos Estados Unidos a qualquer tipo <strong>de</strong> ação<br />

cooperativa. Ainda <strong>de</strong> acordo com Fiori<br />

No seu Relatório Econômico Presi<strong>de</strong>ncial ao Congresso Americano, <strong>de</strong> 1973, o<br />

presi<strong>de</strong>nte Richard Nixon <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>u explicitamente que os ‘controles <strong>de</strong> capitais <strong>para</strong><br />

fins <strong>de</strong> balanço <strong>de</strong> pagamentos não <strong>de</strong>vem ser encorajados’ e que, pelo contrário, o<br />

livre movimento <strong>de</strong> capitais é a melhor forma <strong>de</strong> promover políticas econômicas<br />

corretas. Logo <strong>de</strong>pois, o governo americano <strong>de</strong>svalorizou o dólar e aboliu, em 1974,<br />

o seu sistema <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> capitais [...] Portanto, a chamada “crise do dólar” não<br />

foi um aci<strong>de</strong>nte nem uma surpresa, nem muito menos uma <strong>de</strong>rrota; foi um objetivo<br />

buscado <strong>de</strong> forma consciente e estratégica pela política econômica internacional do<br />

governo norte-americano. (FIORI, 2004: 92).<br />

Outros fatores <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>adores da crise foram a contração do crédito; o advento <strong>de</strong> políticas<br />

<strong>de</strong> substituição <strong>de</strong> importações nos países do terceiro mundo, gerando uma onda <strong>de</strong><br />

industrialização fordista competitiva em ambientes novos; a <strong>de</strong>cisão da OPEP (Organização<br />

dos Países Exportadores <strong>de</strong> Petróleo) <strong>de</strong> aumentar os preços do petróleo, implicando um<br />

aumento do preço dos insumos <strong>de</strong> energia; a <strong>de</strong>cisão dos países árabes <strong>de</strong> embargar a<br />

exportação <strong>de</strong> petróleo <strong>para</strong> os países do oci<strong>de</strong>nte durante a Guerra Árabe-Israelense <strong>de</strong> 1973,<br />

por acreditarem que essas nações estavam financiando Israel.<br />

Harvey (1992) atribuiu esse quadro crítico, caracterizado pela incapacida<strong>de</strong> do<br />

Fordismo/Keynesianismo <strong>de</strong> conter as contradições do capitalismo, ao que ele chama <strong>de</strong><br />

“rigi<strong>de</strong>z” do sistema, que se apresentava em três níveis:<br />

• Rigi<strong>de</strong>z dos investimentos <strong>de</strong> capital fixo (máquinas, equipamentos e instalações) <strong>de</strong><br />

larga escala e longo prazo em sistemas <strong>de</strong> produção em massa que impediam a<br />

flexibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> planejamento e presumiam crescimento estável em mercados <strong>de</strong><br />

consumo invariantes;<br />

• Rigi<strong>de</strong>z nos mercados, na alocação e nos contratos <strong>de</strong> trabalho. E toda tentativa <strong>de</strong><br />

superação <strong>de</strong>ssa rigi<strong>de</strong>z esbarrava na força dos sindicatos;<br />

• Rigi<strong>de</strong>z dos compromissos do Estado com programas <strong>de</strong> assistência (segurida<strong>de</strong><br />

social, pensões, etc.).<br />

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