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importação de veículos CKD montados a partir de 1º de julho de 1953. Dessa forma, apenas
os veículos semicompletos ou SKD (semi completely knocked) passaram a entrar no país.
Essas medidas foram tomadas em um contexto marcado pela desaceleração das vendas
internas nos Estados Unidos e na Europa e a conseqüente queda das taxas de lucro das
montadoras, uma vez que a demanda interna por veículos nos países centrais já havia sido
satisfeita. Dessa forma, as grandes montadoras focaram suas estratégias para o aumento das
exportações, a ampliação de subsidiárias já existentes ou a construção de novas unidades o
que provocou um acirramento da disputa intercapitalista nesse setor. Ainda de acordo com
Shapiro (2007), a restrição à importação de veículos completos determinada pelo governo
Vargas não se traduziu automaticamente em uma corrida das montadoras para instalarem suas
unidades no Brasil; em 1953, após a edição dos avisos 288 e 311, apenas algumas
montadoras, como a Volkswagen, a Mercedes-Benz e a Willys-Overland decidiram instalar
fábricas no país, outras, como a General Motors e a Ford, resistiram até o final da década de
1950, quando estava prestes a se esgotar o prazo determinado pelo Grupo Executivo para a
Indústria Automotiva (GEIA) para que as montadoras interessadas em montar suas fábricas
no se inscrevessem no programa que estabelecia a concessão de uma série de benefícios
financeiros, como a isenção de tarifas alfandegárias e a importação de equipamentos sem
cobertura cambial, desde que destinados à construção das plantas no Brasil.
O processo de consolidação da indústria automobilística brasileira começou a se delinear de
forma mais clara a partir da gestão do Presidente Juscelino Kubitschek, quando foi lançado o
Plano de Metas, que além de estabelecer diretrizes para a atração de montadoras de veículos
para o país, objetivava também desenvolver setores como o de infra-estrutura (energia
elétrica, telecomunicações e transportes), educação, alimentação e a construção de Brasília.
No que se refere à indústria automobilística, o governo criou o Grupo Executivo da Indústria
Automobilística (GEIA), que tinha como principal atribuição criar as condições para
propiciar, de forma definitiva, a consolidação desse segmento industrial no Brasil.
Nesse sentido, a principal estratégia utilizada pelo governo Kubitschek foi lançar um plano,
sob a supervisão do GEIA, que estabelecia, além do fechamento do mercado brasileiro à
importação de veículos, uma participação mínima de 90% de peças nacionais nos carros
fabricados no país. Por outro lado, as montadoras que decidissem instalar suas fábricas no
Brasil seriam recompensadas, como dissemos anteriormente, com uma série de benefícios
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