4º. capítulo - Biblioteca da Floresta

O Rabino de olhar meigo e sereno
Que reanimava o pó das sepulturas!
Aspergia, delícias e ternuras.
As agonias, transformavas em pleno prazer
Curando chagas e torturas,
Mudando a tempestade em céu ameno!
Mas, só aliviou físicas dores,
Governou elementos naturais,
Nunca salvando quem morreu de amores!
Seu coração foi liso mar sem frágoas,
E não tendo amarguras passionais
Nada pode fazer por minhas mágoas!
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Abel Antunes Pereira (pai de Lúcia Helena) ­ sobrinho dileto e fervoroso admirador de Juvenal
Antunes.
FASCINAÇÃO
(À LAURA)
Ceará ­ Mirim, 1920
És para o mundo a pérfida, a perdida,
Degradada no vício e no pecado.
Para mim és um anjo, imaculado,
Que eu nunca deixei de amar na vida!
Para os outros a esfinge incompreendida
De lábios mudos e de olhar gelado.
Para mim és mistério decifrado
Pela minha paixão esclarecida!
Maltratas­me, atraiçoas­me, espedaças
O coração que é teu com tal extremo...
Mas...não posso viver sem tuas graças!
Perdôo todo o mal que me fizeres,
Pois, tudo se reduz ao bem supremo
De te amar sobre todas as mulheres!
PS: Laura, eis a resposta às más línguas! Aos que sentem prazer escarnecendo a vida alheia;
aos infelizes; aos que jamais conheceram a pureza e o prazer de um amor como o nosso; a
paixão, o êxtase, portanto, aos insanos e invejosos, que atiram pedras em flores! Teu amado,
Juvenal.