4º. capítulo - Biblioteca da Floresta
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O mesmo manancial<br />
De ternura e carinho, Oh! velho ser amado!<br />
Oh! seio maternal!<br />
Ain<strong>da</strong> o meu coração procurate o calor...<br />
Sinto, como senti,<br />
Em menino, este puro, este infinito amor.<br />
Tenho um desgosto imenso<br />
De ser grande e pesado,<br />
Não poder mais ser carregado<br />
Por teus braços, no céu dos teus braços suspenso!<br />
Se afagas um netinho,<br />
Todo aquele carinho<br />
É um roubo feito a mim, que ain<strong>da</strong> por ele anseio...<br />
Talvez digam que é feio...<br />
Seja! Confesso ter ciúme do teu olhar!<br />
Se a morte me escutar,<br />
Quando te vier buscar para a eterna viagem<br />
E houver de arrebatarme aos olhos tua imagem,<br />
Faça, com que também te siga, te acompanhe,<br />
Minha queri<strong>da</strong> mãe!<br />
AOS 32 ANOS!<br />
Entre as do mundo fúteis criaturas,<br />
Já vivi muito mais de onze mil dias;<br />
E contando alegrias e amarguras,<br />
Tive mais amarguras, que alegrias.<br />
Engolfeime em cismares e poesias,<br />
Cantei, como poeta, as coisas puras,<br />
Sem saber, coração, que recolhias<br />
Desilusões passa<strong>da</strong>s e futuras.<br />
Hoje, cético estou. Bem tarde, embora,<br />
Vejo só ter razão quem geme e chora,<br />
E quanta idéia vã nos enfeitiça....<br />
De orgulhos e vai<strong>da</strong>des me desprendo;<br />
E, como um simples verme, vou vivendo<br />
Na calma, na indolência, na preguiça!<br />
MAL DITOSO<br />
(Dedicado à flor Laura!)