18.04.2013 Views

4º. capítulo - Biblioteca da Floresta

4º. capítulo - Biblioteca da Floresta

4º. capítulo - Biblioteca da Floresta

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

PS: Laura: Chegaram tuas cartas, Impregna<strong>da</strong>s de amor e de queixumes! No seu conteúdo de<br />

ca<strong>da</strong> uma, algumas pétalas <strong>da</strong>s flores do teu jardim. Traziam olores diversos e no lenço branco<br />

junto às missivas, com minhas iniciais bor<strong>da</strong><strong>da</strong>s pelas tuas santas mãos, o aroma inconfundível<br />

do perfume que te dei! Isso tudo quase me leva ao desatino de abandonar o Acre e me<br />

deban<strong>da</strong>r para o vale! Teu solitário. J.A.<br />

MINHA FLOR<br />

Acre / 1922<br />

Meu imortal amor! És a queri<strong>da</strong><br />

Mulher que amarei por to<strong>da</strong> a vi<strong>da</strong>!<br />

E sempre deseja<strong>da</strong> e possuí<strong>da</strong><br />

E ardentemente, sempre ama<strong>da</strong>!<br />

Nas orgias de sonhos, eu, de um na<strong>da</strong>,<br />

Tirava tudo! A minha alma ajoelha<strong>da</strong>,<br />

Gigantesca se sente, engrandeci<strong>da</strong><br />

E com a força de amar reproduzi<strong>da</strong>!<br />

Algum dia (como isso me apavora!),<br />

Meu coração há de marcar a hora<br />

Em que falecerá o nosso amor?<br />

Não, Laura! Porque o nosso amor é constante,<br />

Viverá mais do que o judeu­errante,<br />

Minha cheirosa e envenena<strong>da</strong> flor!<br />

PS: Estás aprendendo a fazer versos, Laura? E a tua lin<strong>da</strong> inspiração é este mísero poeta<br />

pelo avesso? Colheste uma flor para ofertar­me em versos? Ah! Que maravilhosa mulher<br />

o Criador me deu! E que nobre honra servir­te de tão singela motivação! J.A.<br />

NÃO MARQUES NUNCA<br />

Não marques nunca a hora <strong>da</strong> entrevista!<br />

Isso de estar sujeito ao tempo inculto<br />

E dele tendo medo, amar à vista,<br />

Para mim é mais grave que um insulto!<br />

Vê, Laura, a formosura do meu culto:<br />

Adoro tudo que te alegra, ou entristeça<br />

E seja engano, ou não, vendo o teu vulto,<br />

Peço que o nosso amor nunca feneça!<br />

O meu amor por ti, Laura, não morre!

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!