4º. capítulo - Biblioteca da Floresta
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Coração!<br />
Aquela boca formosa<br />
Sente o que está a dizer?<br />
Responde a alma duvidosa:<br />
Pode ser!<br />
Diz o roceiro, cismando:<br />
Esta noite choverá?<br />
E a mulher, o céu olhando:<br />
Eu sei lá o que haverá?<br />
Esta dor, que estou sentindo,<br />
Terá depressa o seu fim?<br />
Acorde o doutor, sorrindo:<br />
Talvez sim...<br />
Dos anjos vive no bando<br />
Meu filhindo, que morreu...<br />
Logo um descrente, zombando:<br />
Se houver céu!<br />
Ah! ingrata, se advinho<br />
A tua infame traição!<br />
Dizlhe uma irmã, com carinho:<br />
Talvez não...<br />
Só pensa em mim, noite e dia,<br />
Embora o mundo desabe!<br />
Mas, alguém, com ironia,<br />
Diz: quem sabe?<br />
E Laura, espiando a estra<strong>da</strong>:<br />
Virá? Que ausência ele fez!<br />
Passa a brisa, e, de malva<strong>da</strong>,<br />
Diz: Talvez...<br />
Sem essas frases tão frias,<br />
Fosse tudo sim ou não,<br />
Muito menos sofrerias,<br />
Coração.<br />
DILEMA<br />
Sinto, em meu ser, duas contrárias vozes:<br />
Uma é doce e gentil, cristalina e macia,