4º. capítulo - Biblioteca da Floresta
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Serenamente ele deflue, escorre,<br />
E é sempre o amor que amas e que amarás!<br />
Estou, agora, tão comprometido,<br />
E a teus aromas deveras submetido,<br />
Que, em hora marca<strong>da</strong>, tu não me verás!<br />
LÁGRIMAS<br />
( À festeja<strong>da</strong> poetisa Adele de Oliveira)<br />
Acre / 1922<br />
Só, já acalma<strong>da</strong> a minha dor, venço<br />
E penso no que vos mu<strong>da</strong>reis, gotas ardentes<br />
Caí<strong>da</strong>s, de olhos falsos ou inocentes,<br />
To<strong>da</strong>s no linho alvíssimo d’um lenço!<br />
No mais aterrador, no mais intenso<br />
Da pena, vós sois bálsamos clementes...<br />
Eu, ain<strong>da</strong> as mais cruéis, as mais pungentes<br />
Mágoas do coração, chorando penso!<br />
Lágrimas! Vós que sois tão poderosas,<br />
Que tanto alívio dás ao meu tormento<br />
E afogais tantas ânsias dolorosas!<br />
Que ireis depois, compor ou decompor?<br />
E tu, que serás tu neste momento,<br />
Minha primeira lágrima de amor?<br />
PS: Cara professora e poetisa: envio te este humilde soneto, dentro <strong>da</strong> carta de minha dileta<br />
Ma<strong>da</strong>lena. Irás recebêlo <strong>da</strong>quelas castas e liriais mãos, como as tuas! J.A.<br />
FOLHA FELIZ<br />
( À queri<strong>da</strong> Àurea (1), para seu precioso álbum de recor<strong>da</strong>ções)<br />
Ceará Mirim, outubro /1926.<br />
Feliz de ti que tens, Oh! folha amena,<br />
A sorte de abrigar essa divina<br />
Alma de artista que vazou <strong>da</strong> pena,<br />
O verso de ouro e a forma peregrina!