4º. capítulo - Biblioteca da Floresta
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No breve espaço de um dia,<br />
Quanta coisa sucedeu!<br />
Eu, quem tal suspeitaria?<br />
Fui teu, deixei de ser teu...<br />
Do sol ao primeiro raio,<br />
Tive o primeiro desejo...<br />
Naquela manhã de maio<br />
Deite o meu primeiro beijo!<br />
Mas, quando, tristonha e calma<br />
Veio a lua o sol depor,<br />
Encontrou posto em minh’alma<br />
O sol de tão louco amor!<br />
No breve espaço de um dia,<br />
Quanta coisa sucedeu!<br />
Eu, quem tal suspeitaria?<br />
Fui teu, deixei de ser teu...<br />
MAIS NADA<br />
À Laura!<br />
Para possuirte, Oh! Bela flor sublime,<br />
Não vacilei ante a perfídia e o dolo,<br />
Para dormir no leito do teu colo,<br />
Loucura cometi, que não se exprime!<br />
Para acalmar esta ânsia, que me oprime,<br />
Só nos teus braços sei achar consolo...<br />
Por ti, sem pejo nem temores, rolo<br />
Pela ladeira aspérrima do crime!<br />
Mas, Juvenal, e o teu orgulho de homem?<br />
E as nobres ambições, que nos consomem,<br />
A glória, a inteligência, o bem, o estudo?<br />
Quanto a essas coisas, meu desdém profundo!<br />
Mais na<strong>da</strong> me interessa neste mundo...<br />
Só tu, queri<strong>da</strong>, para mim, és tudo!<br />
O CARREIRO<br />
Brincam juntos, no terreiro<br />
Do engenho, faz mais de uma hora,<br />
Joaquim, filho de um carreiro,<br />
Com a filha de dona Aurora!