4º. capítulo - Biblioteca da Floresta
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An<strong>da</strong> sempre a perseguirme<br />
O medo de que me enganes,<br />
Dizesme, Laura: “Sou firme!<br />
Por que essa idéia não banes”?<br />
Mas, basta que alguém, falando<br />
De ti, me diga que és bela,<br />
Vaime a alma o ciúme entrando,<br />
Como um touro brabo na cancela...<br />
Quisera que a vi<strong>da</strong> alheia<br />
Em ti nuca visse fita,<br />
Que os outros te achassem feia,<br />
Só eu te achasse bonita!<br />
Nunca me causa inveja,<br />
Nem me enche a boca d’água,<br />
Se alguma vez diviso<br />
Um terno par que se ama e que se beija,<br />
Tudo na vi<strong>da</strong> passa,<br />
Ou ventura, ou desgraça...<br />
Existe em ca<strong>da</strong> mágoa<br />
Um laivo de esperança;<br />
E a gênese <strong>da</strong> dor mora e descansa<br />
Dentro de ca<strong>da</strong> alegre riso!