4º. capítulo - Biblioteca da Floresta
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Amanhã te <strong>da</strong>rá um beijo de amizade!<br />
A duali<strong>da</strong>de é a lei que rege a natureza:<br />
Temos o bem e o mal, a intrepidez e o susto,<br />
Desengano e ilusão, feal<strong>da</strong>de e beleza...<br />
Por isso é que a ele, aqui, neste soneto, eu gabo...<br />
E é por isso, também, que acho lógico e justo<br />
Que ele acen<strong>da</strong> uma vela a Deus e outra ao diabo<br />
A...<br />
Não quero que me leias, nem me enten<strong>da</strong>s...<br />
Quero, apenas, que saibas,<br />
Que aonde mesmo não subas e não caibas<br />
Hás de subir comigo!<br />
E que tudo o que é meu meus sonhos tersos,<br />
O orgulho do meu nome e dos meus versos,<br />
Os meus segredos, que só tu desven<strong>da</strong>s,<br />
Meu malogrado amor!<br />
Que é sempre a minha glória e o meu castigo;<br />
Tudo o que me entusiasma e me entristece,<br />
Minha virtude e meu maior defeito,<br />
A força do meu braço e do meu peito,<br />
Minha mais doce e mais senti<strong>da</strong> prece,<br />
Tudo, absolutamente, tudo,<br />
Venho a teus pés depor!<br />
VÉRITAS<br />
Entre amores não há maior loucura<br />
Do que, à menor suspeita,<br />
Ou mesmo havendo a mais robusta prova,<br />
O homem, armando terrível catadura,<br />
E a fraca <strong>da</strong>ma, em lágrimas desfeita,<br />
A uma velha afeição abrindo a cova<br />
Brigarem, num momento,<br />
Duas almas uni<strong>da</strong>s...<br />
Porque a ver<strong>da</strong>de é esta,<br />
Que ninguém me conteste:<br />
A gente sofre mais com o rompimento,<br />
Do que com mil ofensas recebi<strong>da</strong>s!<br />
A D E U S