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Discutem ainda casos de multinucleação do embrião, produção de embrião em um chip que
funcione como um mini útero e a produção de embriões híbridos a partir da integração de
DNA humano em óvulos de animais com intuito de desvendar a cura para algumas doenças.
Já os estudos mais antigos voltam-se para questões como as de adesão embrionária e uso de
hormônios, interação entre endométrio e implante de embriões, doação de embriões,
criopreservação, correlação entre qualidade do esperma e morfologia do embrião e doação de
óvulos 8 .
Em torno do controle da infertilidade, concentram-se 11,3% dos estudos, cujos
conteúdos se configuram da seguinte maneira: regulação endométrica, correlação entre
obesidade e fertilidade, taxas de fertilização e sucesso, qualidade do endométrio, infertilidade
e impactos da reprodução assistida, fertilidade e câncer, experiências com baixo custo nos
protocolos de estimulação ovariana, reprodução assistida com mulheres em idade superior a
40 anos. Em apenas um estudo encontramos referências a infertilidade masculina. Todos os
demais estão sempre se dirigindo a partes do corpo feminino, o que evidencia, mais uma vez,
a responsabilidade que recai sobre o corpo da mulher quando se trata da reprodução da
espécie.
Ainda nas publicações em jornais, localizamos as preocupações com o sêmen que
representam 10,2%. Os estudos apontam em sentidos variados, fazem menção a técnicas
simples e já com longa história, como é o caso da criopreservação e dos bancos de sêmen, ao
mesmo tempo em que apresentam novas técnicas e estudos inovadores como os
desenvolvimentos da ICSI 9 .
Os hormônios, com presença aproximada de 5,8% no total dos artigos para esse meio
de publicação, aparecem relacionados a estudos sobre perda precoce da gravidez, à relação
com a qualidade do embrião, à taxas de gravidez, às doses indicadas de administração, ao
endométrio, à queda abrupta no soro estradiol antes da administração do HCG durante a
estimulação ovariana em doadores e regulação hormonal do homem.
Os trabalhos preocupados com os óvulos representam cerca de 4,3% e discutem o
incremento dos índices de implantação e gravidez múltipla. Analisam, ainda, o transplante de
8 Estes aspectos forma sistematizados pela orientadora e apresentados em uma versão preliminar na VIII
Reunión de Antropología del Mercosur, 2009, Buenos Aires, Argentina. Gt 53 cuerpo e biociências: ROCA,
lejandra R.; ROHDEN, Fabíola; SANDRINE, Paula Machado; KNAUTH, Daniela Riva. Anais... Buenos Aires:
Argentina, RAM, 2009. 1CD ROM.
9 Injeção intracitoplasmática de espermatozóide é, também, uma técnica associada à fertilização in vitro
convencional (FIV), que tem por objetivo promover a fertilização. Um único espermatozóide é injetado dentro
de cada óvulo com auxílio de uma micro pipeta e de um microscópio. O método é nos casos de infertilidade
masculina.
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