jonas madeira guimarães neto - Universidade Estadual de Feira de ...
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Apesar do consi<strong>de</strong>rável intervalo <strong>de</strong> tempo entre a ocorrência da ruptura e os serviços<br />
<strong>de</strong> estabilização, o acompanhamento topográfico realizado no talu<strong>de</strong> e observações visuais<br />
revelaram que não houve uma evolução significativa das condições <strong>de</strong> instabilida<strong>de</strong> do talu<strong>de</strong>.<br />
Entretanto, logo após o acontecimento, foram tomadas medidas no sentido <strong>de</strong> proteger o<br />
talu<strong>de</strong> contra a ação das chuvas por meio da colocação <strong>de</strong> lonas plásticas em volta das zonas<br />
<strong>de</strong> ruptura.<br />
A escolha da solução <strong>de</strong> estabilização do talu<strong>de</strong> em solo grampeado foi atribuída às<br />
vantagens proporcionadas para a empresa construtora tanto nos aspectos <strong>de</strong> caráter técnico no<br />
que se refere à boa aplicabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sta técnica na estabilização do talu<strong>de</strong> quanto nos aspectos<br />
<strong>de</strong> caráter econômico para o contratante da obra.<br />
Entre os aspectos técnicos mencionados po<strong>de</strong>m ser citados a altura do muro <strong>de</strong><br />
contenção, a coesão satisfatória do solo para escavação e perfuração dos grampos e a ausência<br />
<strong>de</strong> sobrecargas diretamente transmitidas ao topo do talu<strong>de</strong> tornando <strong>de</strong>snecessária a<br />
construção <strong>de</strong> uma cortina atirantada.<br />
No que se refere ao aspecto econômico, foram consi<strong>de</strong>rados os inconvenientes gerados<br />
por uma possível suavização da inclinação do talu<strong>de</strong> e criação <strong>de</strong> bermas <strong>de</strong> equilíbrio, pois,<br />
apesar <strong>de</strong> ser uma técnica com custo relativamente mais baixo, implicaria em perdas <strong>de</strong><br />
muitas vagas para automóveis <strong>de</strong>vido à proximida<strong>de</strong> com o estacionamento e a ausência <strong>de</strong><br />
espaço físico suficiente para a movimentação dos caminhões <strong>de</strong> transporte <strong>de</strong> terra.<br />
4.2. METODOLOGIAS DE CÁLCULO DE ESTRUTURAS EM SOLO GRAMPEADO<br />
Existem diversas metodologias disponíveis da literatura para o dimensionamento <strong>de</strong><br />
contenções em solo grampeado. No Brasil, não existem dados precisos quanto aos critérios <strong>de</strong><br />
projeto adotados pelas empresas especializadas em serviços <strong>de</strong> estabilização <strong>de</strong> talu<strong>de</strong>s para<br />
esta técnica.<br />
Sabe-se que o princípio básico do <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> uma contenção em solo grampeado<br />
baseia-se na inserção <strong>de</strong> ancoragens passivas (grampos) no solo para absorver esforços <strong>de</strong><br />
tração e momentos no instante em que o maciço terroso sofre movimentações. A <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
grampos por metro quadrado é um dos principais parâmetros para <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> um projeto <strong>de</strong><br />
grampeamento, entretanto, outros parâmetros precisam ser <strong>de</strong>vidamente dimensionados para<br />
assegurar a eficiência da aplicação da técnica.<br />
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