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3. Ciclo Pascal 3.1. Evolução dos quatro primeiros séculos

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Palavra fala-nos do Baptismo. O terceiro momento da celebração é precisamente uma liturgia<br />

baptismal. A liturgia eucarística, se houver baptismos, é a primeira participação <strong>dos</strong> neófitos na<br />

Eucaristia (se são adulto), completando assim a sua iniciação cristã.<br />

O Baptismo “é a própria páscoa do cristão (...) O Baptismo é uma libertação paralela à do êxodo e à<br />

do Gólgota, cuja eficácia salvífica desdobra e transmite” 9 . A oração de bênção da água da fonte<br />

baptismal sublinha esta perspectiva, dizendo: “Desça sobre esta água, Senhor, por vosso<br />

Filho, a virtude do Espírito Santo, para que to<strong>dos</strong>, sepulta<strong>dos</strong> com Cristo na sua morte<br />

pelo Baptismo, com Ele ressuscitem para a vida” (Ritual Romano - Celebração do Baptismo,<br />

54).<br />

4. Liturgia Eucarística<br />

A Eucaristia é o sacramento fundamental e central na vida da Igreja e na existência cristã.<br />

Nela se “actualiza continuamente o mistério pascal de Cristo entre os homens” (Preliminares do<br />

Ritual da sagrada Comunhão e culto do mistério eucarístico fora da Missa 23: EDREL 778).<br />

A Eucaristia é, por excelência, o memorial do Mistério <strong>Pascal</strong>, como sublinham os<br />

documentos do Magistério (cf. SC 6, é apenas um exemplo). Diz o Proémio da IGMR: “Para além<br />

da diferença no modo como é oferecido, existe perfeita identidade entre o sacrifício da cruz e a sua<br />

renovação sacramental na Missa”. “A Eucaristia é a Páscoa, e a Páscoa é a Eucaristia” (H. Jenny).<br />

A celebração da Eucaristia é a quarta parte da Vigília e o seu ponto culminante,<br />

dado que é, do modo mais pleno, o sacramento pascal, ou seja, memorial do sacrifício da<br />

Cruz e presença de Cristo ressuscitado, consumação da iniciação cristã e antegozo da<br />

Páscoa eterna. Esta Liturgia eucarística, não deve celebrar-se apressadamente (Carta<br />

circular 90-91: EDREL 3200-3201).<br />

Domingo de Páscoa da Ressurreição<br />

A Missa do dia de Páscoa deve ser celebrada com grande solenidade. Em vez do acto<br />

penitencial, é conveniente fazer hoje a aspersão com a água benzida durante a<br />

celebração da Vigília. Durante a aspersão deve cantar-se a antífona «Vidi aquam» ou<br />

outro cântico de carácter baptismal. (Carta circular 97: EDREL 3207)<br />

A Missa do dia de Páscoa é a segunda missa da Páscoa, já que a primeira e mais importante<br />

é a Vigília <strong>Pascal</strong>. Esta Missa “deve ser celebrada com grande solenidade”. Sugere-se que, em vez<br />

do acto penitencial, se faça a aspersão com a água benzida na Vigília pascal. O Tríduo pascal<br />

termina com as Vésperas do Domingo de Páscoa. A Carta Paschalis Sollemnitatis sugere:<br />

Conserve-se, onde está em vigor, ou restaure-se onde for oportuno, a tradição de celebrar<br />

as Vésperas baptismais do dia de Páscoa, durante as quais, ao canto <strong>dos</strong> salmos, se vai<br />

em procissão até à fonte baptismal. (Carta circular 98: EDREL 3208)<br />

Em muitos países, as vésperas pascais tiveram e continuam a ter grande relevo e importância. Em<br />

Portugal, possivelmente por causa da prática da visita pascal ou compasso, as Vésperas pascais não<br />

têm efectivo relevo.<br />

O círio pascal, colocado junto do ambão ou perto do altar, deve acender-se ao menos em<br />

todas as celebrações litúrgicas mais solenes deste tempo, tanto na Missa como em<br />

Laudes e Vésperas, até ao domingo de Pentecostes. Terminado este tempo, o círio deve<br />

ser conservado com a devida reverência no baptistério, para que, na celebração do<br />

9 C. ROCCHETTA, Os Sacramentos da Fé - Ensaio de Teologia bíblica sobre os sacramentos como “maravilhas da<br />

salvação” no tempo da Igreja, EP, São Paulo 1991, 24<strong>3.</strong><br />

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