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3. Ciclo Pascal 3.1. Evolução dos quatro primeiros séculos

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“Pelos sacramentos da iniciação cristã, o homem recebe a vida nova de Cristo. Ora, esta vida, nós<br />

trazemo-la «em vasos de barro» (2 Cor 4, 7)” (Catecismo 1420). Esta vida nova está, pois, sujeita à<br />

nossa fragilidade e é, muitas vezes, marcada pelo pecado, pela infidelidade.<br />

Por isso, a Carta circular da CCD sobre a preparação e celebração das festas pascais, pede<br />

aos pastores que ajudem os fiéis a compreenderem a importância, para o crescimento da sua<br />

vida espiritual, da profissão de fé baptismal, que eles serão convida<strong>dos</strong> a renovar na<br />

mesma Vigília, «termina<strong>dos</strong> os exercícios da observância quaresmal» (CCD, Carta sobre a<br />

Preparação e a celebração das festas pascais [16 de Janeiro de 1988], n. 8). Assim, durante a<br />

Quaresma, os fiéis, ouvindo de uma forma mais intensa a Palavra de Deus e aplicando-se<br />

mais à oração, preparam-se, pela Penitência, para renovar as promessas do Baptismo»<br />

(CCD, Carta, n. 6).<br />

Também é importante recordar o que o RICA (21-26) determina para o período quaresmal.<br />

“O terceiro tempo, mais breve, que habitualmente coincide com a preparação para as<br />

solenidades pascais e para os sacramentos, é destinado à purificação e à iluminação”<br />

(RICA 7). Esta etapa orienta-se para uma preparação mais intensa da celebração <strong>dos</strong> sacramentos da<br />

iniciação cristã. “Durante este tempo, os catecúmenos são objecto de uma preparação<br />

interior mais intensa. Esta tem mais em vista o recolhimento espiritual do que a<br />

catequese, e destina-se à purificação do coração e da mente, através do exame de<br />

consciência e da penitência, e à sua iluminação por meio do conhecimento mais<br />

aprofundado de Cristo Salvador.” (RICA 25). Trata-se de uma “recolecção espiritual” para os<br />

eleitos e toda a comunidade no tempo da Quaresma, conforme a expressão do próprio ritual (RICA<br />

152).<br />

Este período quaresmal é o mais rico em celebrações. Temos antes de mais os Escrutínios,<br />

que têm como elemento fundamental o exorcismo. Os escrutínios são ritos estritamente dominicais<br />

e têm lugar nos III, IV e V Domingos da Quaresma. Implicam a opção pelo leccionário do Ano A,<br />

onde se encontram as três perícopas evangélicas fundamentais deste conjunto ritual. “Assim os<br />

catecúmenos vão pouco a pouco sendo instruí<strong>dos</strong> sobre o mistério do pecado, do qual o<br />

mundo inteiro e cada homem em particular anseia por ser remido, para se libertar das<br />

suas consequências presentes e futuras; e por outro lado para que o espírito se vá<br />

impregnando do sentido de Cristo Redentor, que é a água viva (Evangelho da<br />

samaritana), a luz (Evangelho do cego de nascença), a ressurreição e a vida (Evangelho<br />

da ressurreição de Lázaro)” (RICA 157).<br />

Além <strong>dos</strong> Escrutínios, neste etapa faz-se a entrega ou “Tradição do Símbolo” (RICA, 183-<br />

187.194-199) e a entrega ou “Tradição da Oração Dominical” (RICA, 188-192). Completada a<br />

instrução <strong>dos</strong> catecúmenos, recebem da Igreja os documentos que são considera<strong>dos</strong> o compêndio da<br />

fé da Igreja ( Símbolo, isto é, o Credo) e da sua oração (a Oração Dominical, o Pai Nosso). Mais<br />

uma vez se insiste na presença da comunidade nestes momentos celebrativos: “É para desejar que<br />

as «tradições» se façam na presença de toda a comunidade <strong>dos</strong> fiéis”.<br />

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