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30 • Caderno de Apoio ao Professor Y • 10. o Ano<br />
e. Sendo a<br />
na<br />
uma das fracções indicadas acima, deverá ser considerada qualquer fracção do tipo , n ∈ IN .<br />
b nb<br />
1 1<br />
2.a. e .<br />
23<br />
31<br />
b. Espera-se que os alunos, ainda antes de usarem a calculadora, respondam que nada se pode concluir<br />
em relação à periodicidade das dízimas obtidas usando a máquina, mesmo que algum grupo de algarismos<br />
se repita no visor. Com efeito, a máquina apresenta um número finito de algarismos significativos,<br />
não dando, portanto, nenhuma informação acerca da existência ou não de dízimas infinitas, periódicas<br />
ou não periódicas. Mas há certamente alunos que se deixarão iludir pelo que observam na máquina<br />
1<br />
1<br />
(por exemplo, tem período com 22 algarismos e tem período com 15 algarismos, pelo que nem<br />
46<br />
62<br />
sequer se observa o período completo) e que, precipitadamente, poderão responder que as dízimas são<br />
finitas, ou até infinitas não periódicas. Perante este tipo de repostas, é importante recordar também<br />
que uma fracção representa uma dízima finita ou uma dízima infinita periódica, sendo as dízimas infinitas<br />
não periódicas referentes aos números irracionais, não traduzíveis por fracções.<br />
1<br />
1<br />
c. = 0,(0434782608695652173913) ; = 0,(032258064516129)<br />
23<br />
31<br />
A realização das divisões 1 : 23 e 1 : 31 conduzirá à descoberta dos períodos das dízimas correspondentes<br />
às fracções em causa. É uma tarefa morosa que requer concentração, mas cujo resultado é interessante.<br />
É um óptimo desafio, sobretudo para os alunos que apostaram tratar-se de dízimas infinitas não periódicas.<br />
3. Pretende-se que o aluno perceba, investigando, que denominadores originam dízimas finitas. Embora o<br />
resultado da máquina de calcular não seja só por si conclusivo, pode sugerir, em cada caso, a existência de<br />
dízima finita ou infinita, o que deve ser depois confirmado pelo algoritmo da divisão.<br />
Realizando algumas experiências, espera-se que o aluno consiga concluir que, para as fracções de numerador<br />
unitário, os denominadores que procuramos são 2, 4, 5, 8, 10, 16, 20.<br />
Nas sugestões recomenda-se que, dos exemplos encontrados, se excluam os que terminam em zero. É interessante<br />
desafiar a turma a justificar a razão pela qual não é pertinente estudar estes casos. De facto, todos<br />
os números da lista terminados em zero, resultam de se acrescentar um zero a um número já referido nessa<br />
mesma lista. Por exemplo, se o denominador 2 origina uma dízima finita, então também o produto de 2<br />
por uma qualquer potência de 10 o origina:<br />
1<br />
2 = 0,5 ; 1 1<br />
= 0,05 ; = 0,005 ; etc.<br />
20<br />
200<br />
O caso em que o denominador é 1 é trivial, equivalendo a fracção a um número inteiro.<br />
Reduzindo, então, a lista para 2, 4, 5, 8, 10, 16 e 20:<br />
1<br />
= 0,5 ; 1 = 0,25 ; 1 = 0,2 ; 1<br />
2 4 5 8 = 0,125 ; 1 1<br />
1<br />
= 0,1 ; = 0,0625 ; = 0,05<br />
10<br />
16<br />
20<br />
Escrevendo outras fracções de numerador unitário verifica-se que os denominadores obtidos ou são potências<br />
de 2 (2, 4, 8, 16, 32, 64, 128…) ou de 5 (5, 25, 125, 625 …) e verifica-se que as dízimas de um grupo<br />
correspondem aos denominadores do outro.<br />
A razão desta propriedade é a seguinte:<br />
1 m<br />
Para a dízima ser finita é necessário que = , m, n IN , ou seja, p × m = 10n = 2n × 5n , o que obriga<br />
p 10n a que p e m só tenham 2 ou 5 como factores primos. Supondo que p não é divisível por 10, então só<br />
terá factores 2 ou só terá factores 5, o que obriga m a ter só factores respectivamente 5 ou 2, em mesmo<br />
número que p .