Revista 2002 - Beija-Flor
Revista 2002 - Beija-Flor
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<strong>Beija</strong>-<strong>Flor</strong> do<br />
Mundo<br />
Em se tratando de cidades que sediam<br />
escolas de samba, é justo admitir que<br />
com Nilópolis rivalizam inúmeras metrópoles<br />
das Américas, Europa, África e Ásia, incluindo<br />
o Oriente Médio. Pois não é que em todas elas,<br />
de vez em quando, cintilam representações do<br />
mais criativo e irreverente estilo de fazer carnaval<br />
— tais como, vamos supor, a <strong>Beija</strong>-<strong>Flor</strong> de<br />
Guaiaquil, no Equador, a <strong>Beija</strong>-<strong>Flor</strong> de Tânger,<br />
no Marrocos, a <strong>Beija</strong>-<strong>Flor</strong> de Figueira da Foz,<br />
em Portugal, ou mesmo a <strong>Beija</strong>-<strong>Flor</strong> de Kansas<br />
City, nos Estados Unidos?!<br />
Será que o mundo anda clonando a genética<br />
carnavalesca superior do povo de Nilópolis?...<br />
Não exatamente. O que acontece é que a<br />
partir do retumbante tricampeonato de 1976, 77<br />
e 78 a fama da escola correu mundo e não parou<br />
mais. Literalmente. De lá para cá, os shows<br />
da <strong>Beija</strong>-<strong>Flor</strong> têm induzido ao mais delirante rebolado<br />
milhares de pacatos cidadãos de diversas<br />
localidades da Argentina, Equador, Caribe,<br />
Estados Unidos, Portugal, França, Itália, Inglaterra,<br />
Bélgica, Marrocos e Cisjordânia, entre<br />
muitos outros rincões do planeta.<br />
Uma das apresentações de maior repercussão<br />
ocorreu em março de 1999, durante um fes-<br />
Danilo Tavares<br />
A porta-bandeira Selminha Sorriso, à direita, no<br />
cartaz de divulgação do carnaval de Kobe, no Japão<br />
tival de hipismo em Zurique, na Suíça. A energia da <strong>Beija</strong>-<br />
<strong>Flor</strong> foi tão contagiante que o público suíço — geralmente<br />
frio e distante — invadiu a pista e caiu no samba. A responsável<br />
pela Comissão de Frente da escola, a bailarina<br />
e coreógrafa Ghislaine Cavalcanti, lembra que a imprensa<br />
suíça também se empolgou com o show: "As críticas foram<br />
todas muito favoráveis."<br />
O auge dessas apresentações internacionais se deu<br />
na década de 80, quando o grupo chegava a ficar quase<br />
seis meses viajando. Pinah, eterna destaque da <strong>Beija</strong>-<strong>Flor</strong>,<br />
perdeu a conta de suas participações em shows da escola<br />
no exterior. "Só na França, me apresentei em mais de<br />
cem cidades", calcula. Já a porta-bandeira Selminha Sorriso<br />
diz que nessas turnês rodou quase o mundo inteiro.<br />
E, pelo visto, não se cansou: "Além de fazer os shows em<br />
grupo, também represento a <strong>Beija</strong>-<strong>Flor</strong> em eventos como<br />
o Carnaval de Kobe, no Japão.” (ACZ e CP)<br />
A <strong>Beija</strong>-<strong>Flor</strong> no show Ritmos e Rituais do Brasil, em Zurique, na Suíça, em 1999<br />
Arquivo <strong>Beija</strong>-<strong>Flor</strong><br />
janeiro <strong>2002</strong><br />
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