Revista 2002 - Beija-Flor

Uma escola fazendo história
Danilo Tavares
O desenhista
Victor Santos,
32 anos, trocou o concreto
pelas fantasias. Técnico
em edificações, ele
se rendeu à paixão pelo
carnaval e integrou a primeira
Comissão de Carnaval
da Beija-Flor, em
98. Depois do desfile,
saiu da escola. Ele e
Paulo Fuhro foram para
São Paulo e em dois
anos tiraram a Águia de
Ouro da obscuridade —
a escola passou do 110 para o 40 lugar. Mas o
amor falou mais alto e
Victor voltou para a Beija-Flor,
de novo como integrante
da comissão.
Victor Santos
Danilo Tavares
Shangai
Carlos Fernandez,
o
Shangai, tem 50 anos.
Artista plástico autodidata,
ele desenvolveu
uma técnica própria em
esculturas em couro e
metal. "Faço um trabalho
que as pessoas
têm até dificuldade de
perceber que é metal,
pela leveza do resultado
final", explica. Fora
do Rio de Janeiro, Shangai passou
por outras escolas e foi bicampeão
do carnaval de Manaus
e campeão em Porto Alegre. Mas
garante que não existe lugar melhor
para trabalhar do que
Nilópolis. "Um barracão como o da
Beija-Flor é uma dádiva. Temos
um mecenas chamado Anizio
Abrão David que é um dos últimos
apaixonados pela arte dentro do
carnaval."
Alagoano de Arapiraca,
Cid
Carvalho, 31 anos, teve
Joãosinho Trinta como
mestre nas artes do carnaval.
Em 1989, ano em
que chegou ao Rio, vindo
de sua terra natal, ele
foi direto para o barracão
da Beija-Flor candidatarse
a uma vaga, mesmo
sem ter experiência. Foi
admitido e em pouco
tempo já dominava o trabalho.
Com a saída de
Joãosinho, Cid foi para a
Imperatriz Leopoldinense.
No ano seguinte, estava
na União da Ilha. Em
97 foi chamado por Laíla
para voltar à Beija-Flor e
integrar a Comissão de
Carnaval.
Cid Carvalho
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Danilo Tavares