Revista 2002 - Beija-Flor
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cho de oito cabeças engoliu muita gente", brinca.<br />
Hoje em dia, a idéia de uma comissão de carnaval<br />
já não assusta tanto. "Na verdade, todas as escolas têm<br />
sua comissão", afirma Cid Carvalho. "Todo grande espetáculo<br />
é formado por várias pessoas e se os carnavalescos<br />
começassem a apresentar seus assistentes,<br />
a nossa comissão não seria vista como uma inovação.<br />
O que nós criticamos não é a figura do carnavalesco,<br />
mas sim a postura dele de querer assumir sozinho o<br />
mérito de todo o trabalho", explica. Fran-Sérgio tem a<br />
mesma opinião: "A equipe sempre existiu, mas só um<br />
carnavalesco aparecia, até que a direção da <strong>Beija</strong>-<strong>Flor</strong><br />
resolveu dar esta oportunidade de todos nós assinarmos<br />
a obra." Shangai encerra a questão: "A Comissão<br />
de Carnaval é a forma mais moderna de se gerir, hoje,<br />
um trabalho de arte."<br />
Do carnaval de 98, ano de sua estréia, até agora, a<br />
comissão já teve diferentes composições. Hoje, conta com<br />
seis integrantes: Cid Carvalho, Fran-Sérgio, Bira e Nel-<br />
A Comissão de Carnaval, quase completa: da esquerda para a direita, Victor Santos, Bira, Shangai, Cid Carvalho e Fran-Sérgio<br />
son Ricardo continuam no grupo, que em 99 teve a<br />
adesão de Carlos Fernandez, o Shangai. Para o carnaval<br />
deste ano, a escola conta ainda com a volta de<br />
Victor Santos, integrante da primeira comissão, que<br />
deixou a escola após o carnaval de 98. Ao longo desses<br />
cinco anos, o grupo se afinou, como explica Cid:<br />
"Hoje, nós já nos conhecemos muito mais e as discussões<br />
diminuíram a níveis mínimos. O primeiro ano foi<br />
de muito bate-boca, mas pouco a pouco construímos<br />
uma grande integração."<br />
Um bom exemplo deste entrosamento é a divisão<br />
de tarefas. Quando a Comissão de Carnaval da <strong>Beija</strong>-<br />
<strong>Flor</strong> foi criada, a idéia era que todos fizessem de tudo.<br />
"É óbvio que isto não ia dar certo. Porque nem todo<br />
mundo entende como se modela uma roupa, como se<br />
recorta uma chapa de metal para transformá-la numa<br />
renda", conta Cid. E acrescenta: "As aptidões existem<br />
e nós respeitamos a particularidade de cada um... Os<br />
macaquinhos foram cada um pro seu galho."<br />
janeiro <strong>2002</strong><br />
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Danilo Tavares