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Revista 2002 - Beija-Flor

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O Bloco do Boi, no banho a fantasia na Freguesia, nos anos 60<br />

A Avenida dos Desfiles, popularmente chamada de<br />

Sambódromo, hoje por lei denominada Passarela do Samba,<br />

foi projetada pelo arquiteto Oscar Niemeyer e fica localizada<br />

no coração da cidade, na rua Marquês de Sapucaí.<br />

Construída em apenas 120 dias, sua estrutura reúne números<br />

bastante expressivos: são 700 metros de extensão por<br />

13,5 de largura, capacidade para receber quase 60 mil pessoas<br />

por dia, cerca de 300 banheiros e 35 bares. A criação<br />

desse local definitivo para os desfiles das escolas de samba,<br />

idéia defendida pelos sambistas, tornou-se realidade<br />

no dia 2 de março de 1984, ano em que também teve início<br />

uma nova era na história do carnaval carioca com a fundação<br />

da Liga Independente das Escolas de Samba do Rio<br />

de Janeiro (Liesa). As 10 maiores agremiações desligaramse<br />

da Associação das Escolas de Samba e passaram a<br />

fazer parte dessa nova entidade sob a denominação de<br />

Grupo Especial. A partir daquele ano, a Liesa passou a ser<br />

responsável por toda a parte artística do desfile deste grupo,<br />

cabendo à Riotur os procedimentos legais para a sua<br />

realização. As demais escolas continuaram subordinadas<br />

à Associação das Escolas de Samba e, conseqüentemente,<br />

à Riotur.<br />

A criação da Liesa partiu da iniciativa de Ailton Guimarães<br />

Jorge (Vila Isabel), Anizio Abrão David (<strong>Beija</strong>-<strong>Flor</strong>),<br />

Djalma Santos (Mangueira), Luizinho Drumond (Imperatriz<br />

Leopoldinense), Miltão do Salgueiro e Carlinhos Maracanã<br />

(Portela), com o aval de Castor de Andrade (Mocidade Independente<br />

de Padre Miguel). A ata de fundação é datada<br />

de 24 de julho de 1984, e daquela reunião participaram os<br />

presidentes do Salgueiro, <strong>Beija</strong>-<strong>Flor</strong>, Mocidade Independente,<br />

Mangueira, Vila Isabel, Portela, Caprichosos de Pilares,<br />

Imperatriz Leopoldinense, Império Serrano e União da Ilha.<br />

Foram presidentes da Liesa: Castor de Andrade, Anizio<br />

Abrão David, Paulo de Almeida, Jorge Luiz Castanheira,<br />

Djalma Arruda e Ailton Guimarães.<br />

Sob a organização da Liesa, o desfile das escolas de samba<br />

alcançou um outro patamar. Várias foram as mudanças e as<br />

conquistas das escolas de samba, o que, em conseqüência,<br />

engrandeceu o carnaval carioca. (Leiam mais sobre a Liesa<br />

na página 66.)<br />

A máxima de que o carnaval é o maior espetáculo da<br />

terra não é lugar-comum, é fato. O desfile das escolas de<br />

samba cresceu, e muito! E para acompanhar essa evolução<br />

os responsáveis pelo carnaval acertaram em cheio<br />

quando abriram os olhos e as mentes e decidiram valorizar,<br />

ainda mais, a concepção desse evento. Os sambistas<br />

agradecem: agora o samba não agoniza e, conseqüentemente,<br />

não morre.<br />

janeiro <strong>2002</strong><br />

63<br />

Arquivo Nacional

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