CLIPPING DEPUTADOS - Alesc
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AN Joinville<br />
GREVE DOS SERVIDORES<br />
Última cartada da Prefeitura<br />
Executivo diz que só volta a negociar se o sindicato ceder. Amanhã é o dia D<br />
As negociações para o fim da greve dos servidores públicos de Joinville estão<br />
encerradas. Pelo menos da parte da Prefeitura. Esta foi a decisão anunciada ontem à<br />
noite pelo Executivo, ao enviar um ofício com a quinta proposta feita ao Sindicato dos<br />
Servidores Públicos de Joinville (Sinsej).<br />
A carta final da Prefeitura prevê o reajuste de 8% parcelado em três vezes (2% em<br />
outubro, 2% em novembro e 4% em janeiro); a formação de uma comissão para ajustar<br />
o calendário escolar e o parcelamento dos desconto dos dias parados em cinco vezes.<br />
Segundo o chefe de gabinete, Eduardo Dalbosco, a rodada de negociação está<br />
encerrada, pelo menos por enquanto. ―Não podemos ficar discutindo de forma<br />
interminável. Precisamos resolver a questão da greve e tocar os serviços da Prefeitura‖,<br />
disse.<br />
O presidente do sindicato, Ulrich Beathalter, disse que a proposta será levada para a<br />
assembleia desta sexta-feira. ―A categoria continua disposta a negociar, mas a Prefeitura<br />
também tem de ceder. Querem punir os servidores. Nunca pedimos o abono dos dias<br />
parados. Estamos dispostos a repor‖, disse no início da noite, depois de mais um dia de<br />
reuniões em frente à Prefeitura e na Câmara. Segundo Ulrich, por causa deste ponto, a<br />
chance de a proposta ser aprovada é pequena.<br />
Política e tensão<br />
Dalbosco se diz amparado na lei para não pagar os dias. ―Não é penalização. É um<br />
procedimento legal. Como gestores públicos, temos que cumprir a lei e que cada um<br />
assuma as consequências dos seus atos‖, comentou.<br />
O chefe de gabinete também disse que já alertou o sindicato quanto ao fato de haver um<br />
prazo curto para chegar a um acordo: é que a folha de pagamento é fechada no dia 20 do<br />
mês e os grevistas podem ter o salário zerado por causa do desconto. Fato que, segundo<br />
ele, é preocupante, considerando os casos de quem tem empréstimos consignados, além<br />
de outros descontos diretos na folha, como o previdenciário.<br />
―Não vamos abonar os dias parados por uma questão de respeito aos demais servidores<br />
que continuam trabalhando normalmente. No ano passado, abonamos os seis dias de<br />
paralisação. E o que aconteceu? Voltaram a fazer greve neste ano.‖<br />
Dalbosco reclama que fatores políticos estão influenciando a manifestação dos<br />
servidores. ―Se a greve fosse despolitizada, conseguiríamos sentar e negociar o fim dela.<br />
Até quando o sindicato vai ficar sem ceder?‖, disse.<br />
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