BH, um canteiro de obras BH, um canteiro de obras - Fato Relevante

A direção do BNDES me informou que há
muitos bancos privados interessados em participar
do financiamento de obras públicas,
mas ainda não existem projetos prontos para
serem executados e financiados. A proposta do
banco estatal é viabilizar esses financiamentos.
Então, o BNDES e esses bancos privados
criaram uma empresa denominada Estruturadora
Brasileira de Projetos (EBP), que assinou
o convênio com a Prefeitura. Da nossa
parte, quem vai tocar o convênio, incluído
numa área que gerencia as Parcerias Público-
Privadas, será o Hy pé rides Atheniense.
O BNDES financiará, então, não apenas a
obra, mas também os projetos?
Sim. Quando um banco estuda e financia
um projeto, con si de ran do-o viável, o
financiamen to da o bra inteira ficará
mui to mais fá cil. Eles
estão cui dando do centro
de conven ções,
que pre ten de mos
cons truir na
Cris tiano Ma -
cha do, e da
nova ro do -
viária. As
alternativas
de ne -
g ó c i o s
são mui -
tas. No
caso do
hospitalmetro
po litano
do Bar reiro,
por exemplo,
há a
hipótese de
a iniciativa
privada construir
o prédio
e alu gálo
pa ra a pre -
fei tura. De
qual quer for -
ma, um edi tal
deverá ser pu -
blicado nos próximos
meses.
DEZEMBRO DE 2009
O metrô está in -
cluído nesses
pro jetos?
“
Esperamos que o
metrô seja incluído
nas obras do próximo PAC,
que o governo federal vai
anunciar no próximo mês
de fevereiro. O BNDES já
está avaliando o projeto”.
Esperamos que o metrô seja incluído nas
obras do próximo PAC, que o governo fe de -
ral vai anunciar no próximo mês de
fevereiro. O BNDES já está avaliando o proje
to. Nós pretendemos criar a alternativa de
uma parceria público-privada.
Mas a Pre fei tura não pen sa na a tra ção de
gran des pro je tos industriais pa ra a cidade?
Infelizmente, não temos áreas dis po níveis
no muni cípio. Te mos espaço, sim, pa ra empre
endimentos de ser viços de alta tec nologia;
pa ra projetos nas áreas de saú de e de en genharia;
ou para se -
des de gran -
des grupos,
de gran des
empresas.
Não há espaço
para grandes in dústrias,
por isso estamos nos
articulando com nove cidades vi zi -
nhas e criamos a Rede Dez. Uma grande indústria,
que se instale numa cidade vi zi nha,
também traz grandes benefícios para Belo
Horizonte. O que é até bom para a des -
concentração populacional. Com isso, cria mos
um clima de cooperação e harmonia com as
cidades vizinhas, ajudando-as, até, na implantação
da nota fiscal e le trônica (nas notas
de serviços) e também na extensão da nossa
rede de Internet gratuita sem fio para vilas e
aglomerados das cidades vizinhas. Estes são
exemplos dessa cooperação, fundamental
para o desenvolvimento e a melhoria da qualidade
de vida da população.
Há outras ações no campo econômico?
Sim. Reativamos o Conselho de Desenvolvimento
Econômico. E aprovamos incentivos
fiscais na área do ISS que irão
atender, sobretudo, aos novos hotéis que
estão chegando. Pelo menos doze novos
hotéis deverão ter suas obras iniciadas nos
próximos meses, aumentando em mais de
1.500 leitos novos a capacidade da rede
hoteleira da cidade.
Finalmente, será resolvido o problema da
travessia ferroviária de Belo Horizonte?
Há mais de 40 anos, a população da região
do Horto vive o tormento de ver as composições
ferroviárias passando nas portas e nos
quintais de suas casas. Há passagens de nível
perigosíssimas, sempre causando acidentes e
mortes. Finalmente, esse drama está com data
marcada para acabar.
Depois de muita luta, a prefeitura articulou
um acordo da Ferrovia Centro Atlântica
(FCA) com o governo federal, que permitirá a
realização das obras. Serão investidos mais de
R$200 milhões na construção de viadutos e na
retificação das linhas, numa extensão de mais
de oito quilômetros. Centenas de
casas serão desapropriadas
e seus mo -
ra doras receberão residências
no vas, ao mesmo tempo em que
serão construídos parques e áreas
de lazer. Será uma obra realmente
grandiosa, que será iniciada agora em
2010. A Prefeitura vai participar principalmente
como negociadora de um
empreendimento que parecia impossível
devido ao desentendimento e intransigência
das partes envolvidas.
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