BH, um canteiro de obras BH, um canteiro de obras - Fato Relevante

da história do PT, que sempre buscou so -
lucionar seus dilemas de forma de mo -
crática. “Será algo sem conflito, com
di ferença pelos canais éticos. Não temos
que ter medo das prévias. É a resposta dos
militantes, eles que sustentam o partido”.
Em vez de um tonificante das diferenças
internas, o embate eleitoral direto entre os
pré-candidatos pode ser fundamental para
unir e fortalecer o partido na disputa esta -
dual de outubro. Essa é a aposta do cientista
político Malco Camargos. Segundo ele, sem
as prévias, que serão desgastantes, o candi -
dato escolhido não seria legitimado pelo par-
DEZEMBRO DE 2009
tido, que não iria unido para as eleições: “O
resultado tem que ser acatado. A chance de
o PT ganhar é só com união. Patrus e Pimentel
terão que se desarmar e colocar suas
bases para trabalhar pela candidatura, seja
de quem for”.
E Patrus, o maior defensor da decisão interna,
já prometeu reconhecer seu resultado:
“Se não houver pendências, se for um pro -
ces so democrático, consensual, teremos o
compromisso total. A decisão será do parti -
do, feita de baixo para cima”.
Dessa forma cindida e apaixonada – habi
tual em seus 30 anos de fundação – o PT
Melhor colocado
Hélio Costa (PMDB) 31%
Fernando Pimentel (PT) 19%
Antonio Anastásia (PSDB) 10%
Pesquisa Datafolha, dezembro de 2009
ÉLCIO PARAÍSO
de Minas promete dar fim a esse desafio de
a madurecimento. Suas lideranças acreditam
que não haverá a necessidade de uma intervenção
direta do presidente Luiz Inácio Lula
da Silva no processo de definição do candidato.
E, em ambos os lados, não há predisposição
em assumir uma terceira conduta
diante da encruzilhada de momento: recuar
e ceder a candidatura ao PMDB do ministro
Hélio Costa, o favorito nas pesquisas. Alguns
petistas já dão como certa a divisão em
Minas da base de apoio à ministra Dilma
Rousseff, pré-candidata do PT à Presidência.
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