BH, um canteiro de obras BH, um canteiro de obras - Fato Relevante
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Nomes&Notas<br />
BRASÍLIA BOICOTA RODOVIAS DE AÉCIO<br />
Des<strong>de</strong> o início do seu governo, há sete anos, Aécio Neves executa <strong>um</strong> fantástico<br />
programa rodoviário que consiste em levar estrada asfaltada a 225 municípios mineiros<br />
que ainda viviam na ida<strong>de</strong> da pedra no setor <strong>de</strong> rodovias. Somente quem mora nesses<br />
lugarejos, alguns a mais <strong>de</strong> mil quilômetros <strong>de</strong> distância da capital, conhece o tormento<br />
<strong>de</strong> trafegar, ano após ano, naquelas rodovias que, quando não estão enlameadas, são<br />
poeira pura. Após muito esforço e investimento, o programa po<strong>de</strong>ria estar<br />
integralmente concluído em janeiro <strong>de</strong> 2010 e a promessa c<strong>um</strong>prida.<br />
Mas a obra não ficará totalmente pronta, por causa do <strong>de</strong>scaso fe<strong>de</strong>ral. Seis<br />
municípios continuarão sem ligação com o asfalto. É que eles são servidos por supostas<br />
rodovias fe<strong>de</strong>rais, que só existem na imaginação dos<br />
incompetentes dirigentes do DNIT, em Brasília.<br />
Apesar disso, aquelas s<strong>um</strong>ida<strong>de</strong>s não transferem<br />
a administração das estradas para o governo<br />
estadual. No entanto, se os homens do DNIT não<br />
fossem tão obtusos ou mal intencionados, as<br />
cida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Jacinto e Salto da Divisa não<br />
apenas teriam rodovias pavimentadas, mas<br />
permitiriam que a alta burocracia <strong>de</strong><br />
Brasília e suas ilustres famílias<br />
pu<strong>de</strong>ssem ir por estradas asfaltadas<br />
até as belíssimas praias <strong>de</strong> Porto<br />
Seguro e Ajuda.<br />
Aquelas duas sofridas cida<strong>de</strong>s<br />
estão no caminho entre a maciota<br />
fe<strong>de</strong>ral e as belas praias do litoral. É claro<br />
que os moradores <strong>de</strong> Jacinto e do Salto<br />
da Divisa irão se lembrar <strong>de</strong>sse <strong>de</strong>scaso<br />
nas próximas eleições, castigando os<br />
que fizeram <strong>de</strong> tudo para prejudicar a<br />
gran<strong>de</strong> obra rodoviária fe<strong>de</strong>ral do<br />
governador mineiro.<br />
QUEM GOSTA DE<br />
DINHEIRO,<br />
GUARDA<br />
SEIS PESSOAS QUE VOCÊ DEVE ESCALAR NO SEU TIME<br />
Outro leitor nos indaga po<strong>de</strong>r on<strong>de</strong><br />
passa a estrada do sucesso. Temos esta<br />
resposta (que nos foi passada por três<br />
consultores <strong>de</strong> confiança): O sucesso<br />
não é <strong>um</strong> esporte individual. Você<br />
precisa <strong>de</strong> apoio <strong>de</strong> muitas pessoas ao<br />
longo da sua vida. Gente com quem<br />
tabelar ou <strong>de</strong> quem receber <strong>um</strong><br />
lançamento que o colocará na cara do<br />
gol. Aqui, alg<strong>um</strong>as pessoas<br />
absolutamente indispensáveis no time<br />
<strong>de</strong> sucesso que você irá montar na sua<br />
ativida<strong>de</strong> empresarial:<br />
O pessimista positivo – é alguém<br />
que o alerta para os perigos e as<br />
armadilhas da vida e dos negócios.<br />
Mas nunca o <strong>de</strong>sanima. Ele mostra<br />
os obstáculos a serem superados e<br />
os problemas a serem resolvidos.<br />
Mas nunca trata problemas como<br />
dificulda<strong>de</strong>s impossíveis <strong>de</strong> serem<br />
vencidas.<br />
O visionário – Todo mundo precisa<br />
<strong>de</strong> alguém que aponte seus olhos para<br />
as estrelas. É inspirador estar próximo<br />
<strong>de</strong> pessoas que enxergam o potencial e<br />
O inesquecível fazen<strong>de</strong>iro e poeta<br />
Emanuel Campos, da perdida cida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> Jacinto, no Vale do<br />
Jequitinhonha, lamentou durante<br />
toda a vida que seus filhos não<br />
gostassem <strong>de</strong> dinheiro. A cada <strong>um</strong><br />
da sua n<strong>um</strong>erosa prole que ia lhe<br />
pedir a mesada, ele aconselhava a<br />
gostar <strong>de</strong> dinheiro. “Quem gosta <strong>de</strong><br />
dinheiro, guarda”, dizia, sabiamente.<br />
Ele, sim, sabia da importância do<br />
dinheiro: levava <strong>um</strong>a vida frugal,<br />
mas dispunha <strong>de</strong> tudo o que<br />
necessitou durante toda a vida.<br />
Comprava apenas os sapatos e<br />
roupas que iria usar e quase sempre<br />
até o fim da vida útil <strong>de</strong> cada <strong>um</strong>a<br />
<strong>de</strong>ssas peças. Nada lhe faltou.<br />
Deixou muitas terras, que<br />
<strong>de</strong>sapareceram rapidamente nas<br />
mãos dos muitos her<strong>de</strong>iros.<br />
Infelizmente, eles nunca se<br />
lembraram do gran<strong>de</strong> ensinamento:<br />
“Ninguém precisa <strong>de</strong> muito para ser<br />
feliz. A poupança leva à liberda<strong>de</strong>. A<br />
dívida é o caminho para a<br />
escravidão”, dizia, acertadamente.<br />
8 DEZEMBRO DE 2009<br />
OMAR FREIRE/IMPRENSA MG