BH, um canteiro de obras BH, um canteiro de obras - Fato Relevante
BH, um canteiro de obras BH, um canteiro de obras - Fato Relevante
BH, um canteiro de obras BH, um canteiro de obras - Fato Relevante
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
PERFIL<br />
A melhor companhia<br />
é a do terno<br />
Pedro Paulo Dr<strong>um</strong>mond comemora os nove<br />
anos <strong>de</strong> sua Cia. do Terno, que popularizou a<br />
ind<strong>um</strong>entária masculina mais clássica<br />
QUEILA ARIADNE<br />
Pimeiro, foram os tecidos. Depois, as roupas para mu -<br />
lheres. Então, vieram as roupas masculinas. E, mais<br />
tar<strong>de</strong>, os ternos, hoje vendidos em 15 estados<br />
brasileiros. A Cia. do Terno foi fundada há nove anos. Mas a<br />
história do negócio teve origem há pelo menos 20, marco da<br />
trajetória do seu fundador, o empresário mineiro Pedro Paulo<br />
Dr<strong>um</strong>mond. A empresa surgiu antes mesmo dos dois filhos,<br />
<strong>um</strong> rapaz <strong>de</strong> 18 e <strong>um</strong>a menina <strong>de</strong> 15, frutos <strong>de</strong> <strong>um</strong> casamento<br />
que também dura 20 anos.<br />
ARTE DE SER SIMPLES<br />
Pedro Paulo, aos 50 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>, ainda trabalha muito. E<br />
gosta das coisas simples da vida: comer pizza em casa; ir ao<br />
boteco conversar lorotas com os amigos; jogar tênis; viajar; e,<br />
principalmente, ficar com a família. Até os 30 anos, trabalhava<br />
com tecidos: “Fui apren<strong>de</strong>ndo aos poucos e passei a conhecer<br />
bastante. Até que resolvi, junto com minha mulher e minhas<br />
duas irmãs, abrir <strong>um</strong>a loja <strong>de</strong> roupas femininas: a Raro Efeito,<br />
que fez 20 anos agora em novembro. Minha experiência com<br />
os tecidos ajudou muito, principalmente na hora <strong>de</strong> fabricar as<br />
peças”.<br />
Mesmo com os negócios indo bem, o empresário queria<br />
mais alg<strong>um</strong>a coisa. Tornou-se sócio da Art Man, especializada<br />
em moda masculina: “Foi lá que eu comecei a apren<strong>de</strong>r a lidar<br />
com roupas masculinas. Fui sócio por cinco anos e fizemos<br />
<strong>um</strong>a separação amigável, pois eu já pensava em <strong>de</strong>senvolver<br />
algo diferente, mais popular”.<br />
Naquela época, apareceram dois amigos para ajudar: o filho<br />
da ex-sócia e outro empresário, que acabara <strong>de</strong> fechar <strong>um</strong>a loja<br />
e se tornou gerente – e ainda é. Estava fundada a Cia. do Terno.<br />
“No início, éramos 90% preço e 10% propaganda. Hoje,<br />
somos 20% preço e 80% qualida<strong>de</strong> e pessoal, pois, no caminho<br />
<strong>de</strong> <strong>um</strong> negócio, seja ele qual for, nos relacionamos com muitas<br />
pessoas. Para dar certo, a equipe precisa ser coesa. Se ela trabalha<br />
bem, o negócio cresce”, <strong>de</strong>staca.<br />
A primeira loja, aberta no Minas Shopping, fez nove anos<br />
no dia 9 do 9 <strong>de</strong> 2009. Um mês <strong>de</strong>pois <strong>de</strong>ssa, veio a segunda,<br />
no Shopping Cida<strong>de</strong>. A primeira fora <strong>de</strong> Belo Horizonte foi<br />
inaugurada em Lavras, em fevereiro <strong>de</strong> 2001. Hoje, o empresário,<br />
que começou ven<strong>de</strong>ndo tecidos, administra 91 lojas,<br />
que geram 940 empregos diretos e mais <strong>de</strong> 6.000 indiretos.<br />
Abrir outras lojas não faz parte dos planos <strong>de</strong> curto prazo.<br />
“Não vemos motivos para correr, se aparecer <strong>um</strong>a boa oportunida<strong>de</strong>,<br />
vamos nos expandir sim, mas não vamos ficar igual<br />
maluco. Queremos <strong>um</strong> negócio sólido, que atenda bem nossos<br />
clientes”, ressalta Pedro Paulo Dr<strong>um</strong>mond.<br />
PRECONCEITOS FORA<br />
Dos ternos vendidos, 70% vêm da China. Há preconceito?<br />
“Ainda existe”, respon<strong>de</strong> Pedro Paulo, “mas não afeta nosso<br />
negócio. Prova disso é que temos ganhado mercado”.<br />
O empresário afirma que ainda persiste certo estigma <strong>de</strong><br />
que <strong>um</strong> terno da Cia. do Terno não é bom porque é mais barato:<br />
“Nós trabalhamos com alta qualida<strong>de</strong>. Nossos produtos têm<br />
gran<strong>de</strong> durabilida<strong>de</strong> e é isso que eu quero oferecer cada vez<br />
mais. Existe mercado para todo mundo: dinheiro vale tanto<br />
para quem ganha R$ 700, quanto para quem ganha R$ 100<br />
mil. Sinceramente, quem <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> comprar na nossa loja, para<br />
comprar <strong>um</strong> terno porque ele é mais caro, fica <strong>de</strong> bolso aberto,<br />
está jogando dinheiro pela lapela”.<br />
46 DEZEMBRO DE 2009