12.05.2013 Views

Recepção e efeito dos conteúdos digitais educacionais na ... - pucrs

Recepção e efeito dos conteúdos digitais educacionais na ... - pucrs

Recepção e efeito dos conteúdos digitais educacionais na ... - pucrs

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

A criação, o uso e a interação que os conteú<strong>dos</strong> <strong>educacio<strong>na</strong>is</strong> <strong>digitais</strong> levam-nos<br />

à compreensão do seu horizonte histórico de <strong>na</strong>scimento, juntamente com o lugar<br />

ocupado pelo aluno. O contexto histórico e cultural de vivência e de aprendizagem<br />

desse aluno influencia <strong>na</strong> (re) descoberta, no estranhamento e <strong>na</strong> percepção <strong>dos</strong><br />

mencio<strong>na</strong><strong>dos</strong> conteú<strong>dos</strong>. Crê-se que o aluno se encontra parcial ou totalmente<br />

‘deslocado’ pela busca às respostas às demandas geradas no seio da crise do sujeito <strong>na</strong><br />

contemporaneidade.<br />

Segundo Bauman (2005) nos diz:<br />

Estar total ou parcialmente ‘deslocado’ em toda parte, não estar totalmente<br />

em lugar algum (...) pode ser uma experiência desconfortável, por vezes<br />

perturbadora. Sempre há alguma coisa a explicar, desculpar, esconder ou,<br />

pelo contrário, corajosamente ostentar, negociar, oferecer e barganhar. Há<br />

diferenças a serem atenuadas ou desculpadas ou, pelo contrário, ressaltadas e<br />

tor<strong>na</strong>das mais claras. As identidades flutuam no ar, algumas de nossa própria<br />

escolha, mas outras infladas e lançadas pelas pessoas em nossa volta, e é<br />

preciso estar em alerta constante para defender as primeiras em relação às<br />

ultimas. (BAUMAN, 2005:19)<br />

Configura-se a noção de sujeito a partir da discussão em torno de sua identidade,<br />

do seu desolamento no mundo, da vulnerável condição huma<strong>na</strong> <strong>na</strong>s relações com o<br />

outro ou com o mundo.<br />

O leitor realiza sua(s) leitura(s) <strong>na</strong> rede de modo desolado, mas ao mesmo<br />

tempo, (re) encontrando-se num espaço virtual, estabelecendo relações virtuais, que,<br />

somadas, tor<strong>na</strong>m-se, para ele, reais. A incerteza é a condição do leitor <strong>na</strong><br />

contemporaneidade, entendendo que o lugar que está ocupando é o entre-lugar da<br />

margem ao centro ou vice-versa. Ou seja, é o exemplo de um <strong>dos</strong> aspectos da crise do<br />

projeto da modernidade, a qual pensou o sujeito autônomo, capaz de dar respostas não e<br />

tão somente aos questio<strong>na</strong>mentos advin<strong>dos</strong> das mazelas sociais, mas também de mudar<br />

os paradigmas de ascensão social, dentre outros.<br />

Há, notoriamente, um estado de satisfação do leitor quando ao deparar-se com<br />

um processo de sedução e de estímulo promovi<strong>dos</strong> pela rede sente-se centro do<br />

processo, procura descobrir os “caminhos” para a conquista do horizonte de expectativa,<br />

estabelece parâmetros para seguir tais caminhos, apresenta-se como um novo leitor, um<br />

ser renovado da sua real condição de ambivalência, porém, a duração desta “felicidade”

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!