esab curso de psicopedagogia clínica e institucional vânia regina ...

3. BREVE HISTÓRICO DAS TEORIAS E PRINCÍPIOS DA
MOTIVAÇÃO
3.1. PERÍODO MECANICISTA
As pesquisas e os estudos sobre motivação receberam diferentes abordagens ao
longo da história. O relato de Genari (2008) afirma que por volta de 1930 até
aproximadamente 1960 ocorreram as primeiras investigações científicas sobre
motivação. Era o período mecanicista. O homem era visto como uma máquina,
desprovido de consciência, conhecimento, ou vontade própria, era controlado por
forças externas.
Para os psicólogos da época o centro da questão referia-se ao que moveria
indivíduos de um estado de repouso, a ação (Genari, 2008). Suas teorias baseavam-
se no fato de que todos os fenômenos que se manifestavam nos seres humanos são
mecanicamente determinados e essencialmente de natureza físico-química.
Bzuneck (2001), afirma também que nesta fase estudavam-se os impulsos,
necessidades, homeostase (equilíbrio provocado pela resolução de tensões
internas) e outros fatores que impeliam o indivíduo a dar início a uma atividade.
Além disso, por acreditarem que a idéia de privação era necessária às pesquisas
realizadas, as investigações eram mais baseadas em animais.
Segundo Coutinho (2008), as primeiras teorias da motivação consideram a ação
humana como movida por forças interiores que desencadeiam reações automáticas
(instinto) ou que geram uma tensão interna que precisa ser descarregada (pulsões).
Seguramente, a Teoria Psicanalítica de Sigmund Freud (1926), é a mais conhecida
teoria das pulsões e também a mais influente. Segundo ela o indivíduo possui duas
pulsões básicas: Eros (pulsão de vida, sexual) e tânatus (pulsão de morte,
agressiva).
16