esab curso de psicopedagogia clínica e institucional vânia regina ...
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Dessa forma, remetendo-nos ao ambiente específico <strong>de</strong> sala <strong>de</strong> aula po<strong>de</strong>mos dizer<br />
que um aluno é intrinsecamente motivado quando apresenta alta concentração e<br />
interesse, busca novos <strong>de</strong>safios sendo que as falhas levam-o a continuar tentando,<br />
aprimora seus conhecimentos e habilida<strong>de</strong>s e a repercussão do resultado do<br />
trabalho perante as outras pessoas não é o centro <strong>de</strong> preocupações, ainda que o<br />
orgulho e a satisfação provenientes do reconhecimento <strong>de</strong> seu empenho e dos<br />
resultados do trabalho estejam presentes Guimarães (2001, 2003 p. 39). Com<br />
relação a isto, a mesma autora afirma:<br />
Mesmo reconhecendo que as ativida<strong>de</strong>s propostas no cotidiano <strong>de</strong> sala <strong>de</strong><br />
aula nem sempre po<strong>de</strong>m ser geradoras <strong>de</strong> tais sentimentos ou<br />
comportamentos, o conhecimento dos <strong>de</strong>terminantes da motivação<br />
intrínseca po<strong>de</strong> auxiliar os professores a oportunizarem sua ocorrência nas<br />
situações escolares. ( Guimarães, 2001 p.39 )<br />
Autores como Mitchell, Pfromm, Schunk;(apud Martinelli e Genari,2009) afirmam que<br />
tais informações nos levam a constatar ser a motivação intrínseca facilitadora da<br />
aprendizagem. Pesquisas atuais apontam para o fato <strong>de</strong> que a relação entre<br />
motivação e aprendizagem não se restringe a uma pré condição da primeira para a<br />
ocorrência da segunda, isto é, a motivação é capaz <strong>de</strong> produzir um efeito na<br />
aprendizagem e no <strong>de</strong>sempenho, assim como a aprendizagem po<strong>de</strong> interferir na<br />
motivação.<br />
Segundo Stipek (apud MARTINI e BORUCHOVITCH, 2004), existem quatro<br />
perspectivas básicas para a compreensão do homem intrinsecamente motivado, a<br />
saber: Motivação à competência, curiosida<strong>de</strong>, autonomia e motivação internalizada.<br />
White, 1959 apud (MARTINI e BORUCHOVITCH, 2004) <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> que o homem tem<br />
a necessida<strong>de</strong> intrínseca <strong>de</strong> sentir-se competente e compreen<strong>de</strong> a motivação como<br />
uma força inata que explica o comportamento.<br />
Para Piaget, (apud MARTINI e BORUCHOVITCH, 2004), a criança é tida como<br />
sendo naturalmente inclinada a <strong>de</strong>senvolver suas competências na interação com o<br />
ambiente. Contudo, o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>ssas competências não <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
reforços externos, mas sim, do prazer da criança pelo sucesso e domínio da<br />
ativida<strong>de</strong>. A perspectiva da motivação intrínseca internalizada confere uma<br />
importância maior ao ambiente externo, isto é, aos valores sociais internalizados<br />
pelo sujeito, relacionados ao <strong>de</strong>sempenho e a realização <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s.<br />
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