esab curso de psicopedagogia clínica e institucional vânia regina ...
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Necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> autonomia. Para a teoria da auto<strong>de</strong>terminação este conceito é<br />
ligado ao <strong>de</strong>sejo ou vonta<strong>de</strong> do organismo <strong>de</strong> organizar a experiência e o próprio<br />
comportamento, é o esforço do indivíduo para ser o agente, para estar na origem <strong>de</strong><br />
suas ações, para ter voz ou força, para <strong>de</strong>terminar o próprio comportamento; é um<br />
<strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> experimentar um lócus interno <strong>de</strong> causalida<strong>de</strong>.<br />
A idéia <strong>de</strong> necessida<strong>de</strong> psicológica básica <strong>de</strong> autonomia foi inspirada no trabalho <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>Charms(1984) que <strong>de</strong>stacou a auto<strong>de</strong>terminação como sendo uma necessida<strong>de</strong><br />
humana inata, relacionada a motivação intrínseca. Assim, são <strong>de</strong>nominadas origem<br />
ou como tendo lócus <strong>de</strong> causalida<strong>de</strong> interna, as pessoas que seriam naturalmente<br />
propensas a realizar uma ativida<strong>de</strong> por acreditarem que o fazem por vonta<strong>de</strong><br />
própria, porque assim o <strong>de</strong>sejam e não por serem obrigados <strong>de</strong>vido a <strong>de</strong>mandas<br />
externas. Com relação a este aspecto, Guimarães (2001a p. 41) esclarece:<br />
O indivíduo origem tem fortes sentimentos <strong>de</strong> causação pessoal e atribuem<br />
as mudanças produzidas em seu contexto às suas ações. Em <strong>de</strong>corrência<br />
<strong>de</strong>ssa percepção, apresenta comportamento intrinsecamente motivado, fixa<br />
metas pessoais, <strong>de</strong>monstra seus acertos e dificulda<strong>de</strong>s, planeja as ações<br />
necessárias para viabilizar seus objetivos e avalia a<strong>de</strong>quadamente seu<br />
progresso.<br />
Contrariamente, lócus <strong>de</strong> causalida<strong>de</strong> externa refere-se à existência <strong>de</strong> outro agente<br />
ou objeto interferindo com a causação pessoal, a pessoa percebe-se como uma<br />
“marionete”, percebe-se como externamente guiado, acreditando que as causas <strong>de</strong><br />
seus comportamentos estão relacionadas a fatores externos, promovendo<br />
sentimentos <strong>de</strong> fraqueza e ineficácia, culminando com o afastamento <strong>de</strong> situações<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho. Segundo Guimarães (2004), isto ocorre, pois quando o indivíduo<br />
sente-se obrigado a realizar algo, por fatores externos, sua atenção é <strong>de</strong>sviada da<br />
tarefa, prejudicando assim a motivação intrínseca.<br />
A autora afirma ainda que o lócus <strong>de</strong> causalida<strong>de</strong> não seja uma característica fixa na<br />
vida do indivíduo. Em <strong>de</strong>terminados momentos, uma pessoa po<strong>de</strong> ser i<strong>de</strong>ntificada<br />
em um nível intermediário entre origem e marionete, pois uma situação po<strong>de</strong><br />
configurar-se como mais facilitadora da experiência em ser origem ou marionete, em<br />
suma, parte do tempo po<strong>de</strong>mos estar entre as duas experiências.<br />
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