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VOLUME 19, NÚMERO 4 • OUTUBRO, NOVEMBRO ... - SBNPE

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Uma pesquisa realizada em Israel, relata aumentos<br />

significantes na DMO, em mulheres pós-menopausa, após<br />

participarem de um programa de exercícios aquáticos por 15<br />

meses, três vezes por semana, apresentando aumento maior do<br />

que o grupo que realizou o exercício em terra e do que o grupo<br />

controle 31 .<br />

A natação é considerada uma atividade não traumática,<br />

pois não envolve o levantamento de peso, mas que pode<br />

contribuir para a densidade até certo ponto 2,24 .<br />

Embora ainda não se saiba qual a melhor atividade física<br />

para o combate da osteoporose, pode-se afirmar que o<br />

exercício físico exerce influência forte e positiva na prevenção<br />

e recuperação parcial da doença. Com a prática de atividades<br />

físicas, pode-se inferir que o condicionamento e o treinamento<br />

sistemático das capacidades e qualidades físicas -<br />

força, flexibilidade, resistência, equilíbrio, coordenação<br />

motora e capacidade cardiorrespiratória - poderão influir na<br />

prevenção de quedas. Destarte, a hidroginástica pode ser classificada<br />

como uma atividade importante no combate aos<br />

efeitos deletérios da diminuição da massa óssea 32 .<br />

Tratamento e prevenção<br />

Predispõem à osteoporose fatores que induzem a um baixo<br />

pico de massa óssea e aqueles que são responsáveis por<br />

perda excessiva ou baixa produção.<br />

Uma feição comum do paciente osteoporótico é o balanço<br />

de cálcio negativo, devido à maior perda do que retorno<br />

deste mineral no esqueleto. A ingestão de cálcio, a partir do<br />

nascimento, principalmente na infância e juventude, aliada<br />

ao exercício físico regular é um fator de prevenção de<br />

desmineralização óssea posterior, pois se o exercício está vinculado<br />

ao suplemento de cálcio, atingindo um consumo diário<br />

de aproximadamente 1800 mg/dia, reduz-se<br />

significantemente a perda óssea no sítio dos quadris 4 .<br />

Segundo Pinto Neto et al. 9 , suplementos de cálcio e alimentos<br />

fortificados são fontes importantes deste mineral. Tais<br />

suplementos são disponíveis em vários tipos de sais. A absorção<br />

do citrato de cálcio é menos dependente da presença de<br />

ácido gástrico, e o carbonato de cálcio necessita da presença<br />

do ácido gástrico para sua dissolução.<br />

No idoso, o maior objetivo da prevenção é minimizar as<br />

perdas de massa óssea e evitar as quedas. Dados estatísticos têm<br />

sistematicamente demonstrado que 30% das pessoas com<br />

mais de 65 anos, na maioria das comunidades, caem pelo<br />

menos uma vez por ano, sendo que esta incidência pode chegar<br />

a 50% quando idades mais avançadas são consideradas<br />

(acima de 85 anos) ou com idosos residentes em instituições<br />

33 .<br />

Para Spirduso 34 , o exercício contribui para a prevenção<br />

de quedas na população idosa, mediante diferentes mecanismos,<br />

os quais incluem o fortalecimento dos músculos das<br />

1.Magnoni D, Cukier C. Perguntas e respostas em nutrição clínica. São<br />

Paulo: Roca; 2001. 484 p.<br />

2.Mahan LK, Escott-Stump S. Krause: alimentos, nutrição e dietoterapia.<br />

Referências bibliográficas<br />

Rev Bras Nutr Clin 2004; <strong>19</strong>(4):203-208<br />

pernas e costas; melhora dos reflexos; melhora da sinergia<br />

motora das reações posturais; melhora da velocidade da<br />

marcha; incremento na flexibilidade; manutenção do peso<br />

corporal; melhora da mobilidade e diminuição do risco de<br />

doença cardiovascular. Segundo Carvalhaes et al. 37 , projetos<br />

de exercícios com duração de 10 semanas a 9 meses mostraram<br />

que há um redução em 10% da probabilidade de queda<br />

entres os que se exercitam em comparação com sedentários;<br />

além de que o treinamento específico para equilíbrio motivou<br />

uma redução de 25% de quedas; e aulas de Tai Chi Chuan<br />

(um exercício de equilíbrio), reduzem o risco de cair em<br />

37%.<br />

Lanzillotti et al. 4 relatam que o sucesso na prevenção da<br />

osteoporose está na adoção de novos hábitos de vida, buscando<br />

a interação entre a terapia de reposição hormonal (nas<br />

mulheres), dieta e exercício físico. O consumo de dieta que<br />

atenda as recomendações de cálcio deve ser incentivado na<br />

prevenção da osteoporose primária, tornando-se necessário<br />

investir em educação nutricional para crianças, jovens e<br />

adultos.<br />

Segundo Waitzberg 12 , a terapia de reposição hormonal<br />

ainda pode ser considerada a melhor forma terapêutica para<br />

a osteoporose pós-menopausa, pois a fase acelerada de perda<br />

óssea que acomete 40% das mulheres após a menopausa é<br />

responsável por 30% a 50% de todo osso perdido ao longo de<br />

suas vidas. Portanto, o tratamento deve ser iniciado precocemente<br />

a fim de prevenir a queda inicial de massa óssea; desta<br />

forma, consegue-se diminuir em 50% a incidência de fraturas.<br />

A reposição hormonal deve ser mantida pelo menos cinco<br />

a oito anos, correspondendo ao período do climatério em<br />

que o remodelamento ósseo é mais acelerado.<br />

Algumas pessoas, geralmente mulheres brancas, apresentam<br />

geneticamente poucos receptores para vitamina D, o que<br />

leva à diminuição da absorção intestinal de cálcio. Nessas<br />

pessoas, a ingestão ideal de cálcio e vitamina D pode ser<br />

importante para a manutenção de massa óssea, que posteriormente<br />

tende a diminuir 22 . Assim, exposição solar adequada<br />

é necessária para a produção de vitamina D na pele. Embora<br />

considerada atualmente um hormônio, permanece chamada<br />

de vitamina, pois acredita-se ser proveniente da dieta sua<br />

maior fonte de origem externa 9 .<br />

Feskanich et al. 35 , avaliando a relação entre risco de fratura<br />

óssea e o consumo de vitamina D em mulheres pós-menopausa,<br />

identificaram 603 incidentes de fraturas derivadas<br />

de trauma leves e moderados. As mulheres que consumiram<br />

12,5 mg ou mais de vitamina D por dia, derivada de alimentos<br />

e suplementos dietéticos, apresentaram risco 37% menor<br />

de fratura do que as mulheres que consumiram menos do que<br />

3,5 mg por dia. Os autores concluíram que a ingestão de suplementos<br />

e alimentos ricos em vitamina D pode beneficiar<br />

as mulheres que não ingerem as necessidades recomendadas<br />

desta vitamina 35 .<br />

10ª ed. São Paulo: Roca; <strong>19</strong>98. 1158 p.<br />

3.Pinheiro MM, Szejnfeld VL. Osteoporose: quadro clínico, qualidade de<br />

vida e diagnóstico. Disponível em:

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