Diretrizes para a Programação Pactuada e Integrada da Assistência ...
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1. Introdução/Justificativa<br />
O desenvolvimento histórico dos serviços de saúde no país se deu<br />
de forma completamente heterogênea, ao sabor de lógicas as mais<br />
diferencia<strong>da</strong>s, desde o modelo caritativo-autônomo <strong>da</strong>s Santas Casas<br />
de Misericórdia, passando pelo modelo asilar estatizado (hospitais<br />
de tuberculose, psiquiatria e hanseníase), pelo modelo previdenciário<br />
com os hospitais dos Institutos de Aposentadorias e Pensões<br />
(IAPs) e do Instituto nacional de Previdência Social (INPS), bem como<br />
pelo modelo sanitarista <strong>da</strong> antiga Fun<strong>da</strong>ção SESP (Serviço Especial<br />
de Saúde Pública).<br />
Soma-se a estas lógicas a localização não regula<strong>da</strong> pelo Estado dos<br />
hospitais privados nas déca<strong>da</strong>s de 70-80, que integraram a rede do<br />
antigo Instituto Nacional de <strong>Assistência</strong> Médica <strong>da</strong> Previdência Social<br />
(INAMPS).<br />
Mesmo no presente, a iniciativa reguladora do Estado quanto à localização<br />
e dimensionamento de serviços públicos e privados nem sempre<br />
perseguiu critérios racionais de distribuição dos equipamentos sanitários,<br />
gerando um quadro de enorme heterogenei<strong>da</strong>de e profun<strong>da</strong>s<br />
desigual<strong>da</strong>des nas possibili<strong>da</strong>des de acesso <strong>da</strong> população entre<br />
as várias regiões. A rede assistencial mostra-se, em geral, fragmenta<strong>da</strong><br />
e desarticula<strong>da</strong>, onde a própria população busca a solução <strong>para</strong><br />
seus problemas de saúde deslocando-se <strong>para</strong> os municípios-pólo <strong>da</strong>s<br />
regiões. Estes recebem uma deman<strong>da</strong> regional de maneira desorganiza<strong>da</strong>,<br />
com conseqüente dificul<strong>da</strong>de de acolhimento, inclusive <strong>da</strong>s<br />
situações de urgência/emergência.<br />
O sistema de avaliação de serviços de saúde limita-se, em geral, apenas<br />
ao controle <strong>da</strong>s faturas dos serviços remunerados por produção,<br />
reduzindo o objeto <strong>da</strong> avaliação ao ato ou procedimento médico ou<br />
laboratorial.<br />
A superação deste quadro implica na redefinição de diretrizes estruturais<br />
<strong>para</strong> construção de modelos inovadores de atenção à saúde, a<br />
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