3º Ano - Centro de Referência Virtual do Professor
3º Ano - Centro de Referência Virtual do Professor
3º Ano - Centro de Referência Virtual do Professor
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
História <strong>de</strong> Mariquinha e José Souza Leão<br />
(autor <strong>de</strong>sconheci<strong>do</strong>). Imagens cedidas pelo<br />
Museu <strong>de</strong> Arte da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong><br />
C e a r á ( M A U C )<br />
Informações sobre o Cor<strong>de</strong>l<br />
O cor<strong>de</strong>l veio da Europa no fim <strong>do</strong> século<br />
passa<strong>do</strong>. No nor<strong>de</strong>ste <strong>do</strong> Brasil ele foi bem<br />
implanta<strong>do</strong> e os poetas conseguiram com ele bom<br />
resulta<strong>do</strong>.<br />
Como conta o poeta José Francisco Borges o<br />
cor<strong>de</strong>l, esse gênero tão brasileiro e popular <strong>de</strong><br />
poesia, não é uma invenção nossa. Essa literatura,<br />
que tem o nome <strong>de</strong> cor<strong>de</strong>l porque os folhetos ficavam<br />
pendura<strong>do</strong>s em cordões nos locais <strong>de</strong> venda, veio <strong>de</strong><br />
Portugal. Aqui, chegou junto com os colonos e<br />
encontrou um solo fértil. Tanto que até hoje é uma<br />
tradição forte e viva, principalmente no Nor<strong>de</strong>ste <strong>do</strong><br />
país.<br />
No início, os temas <strong>do</strong> cor<strong>de</strong>l estavam liga<strong>do</strong>s à divulgação <strong>de</strong> histórias muito antigas,<br />
que vinham encantan<strong>do</strong> os povos há séculos, transmitidas oralmente <strong>de</strong> uma geração à outra.<br />
Histórias como a da Princesa Magalona, filha <strong>do</strong> rei <strong>de</strong> Nápoles e, apaixonada pelo con<strong>de</strong><br />
Pierre, que vive as maiores aventuras e <strong>de</strong>sventuras até se reencontrar com o noivo. Ou <strong>de</strong><br />
Carlos Magno e os Doze Pares <strong>de</strong> França, narrativa com muitas batalhas que se espalhou por<br />
to<strong>do</strong> o sertão e inspirou nossos canta<strong>do</strong>res.<br />
Mas, quase ao mesmo tempo em que<br />
partia <strong>do</strong>s antigos romances ou novelas <strong>de</strong> amor e<br />
<strong>de</strong> cavalaria, das narrativas <strong>de</strong> guerras e<br />
conquistas marítimas, o cor<strong>de</strong>l passou também a<br />
retratar os acontecimentos recentes. Quan<strong>do</strong> não<br />
havia jornais, rádio ou televisão, a poesia popular<br />
ocupou esse espaço, por meio <strong>de</strong> cantorias e,<br />
mais tar<strong>de</strong>, também da forma escrita -- os folhetos<br />
impressos em tipografias rústicas e vendi<strong>do</strong>s nas<br />
feiras. Virou um <strong>do</strong>s meios mais importantes <strong>de</strong><br />
divulgação <strong>do</strong>s fatos que <strong>de</strong>spertavam o interesse<br />
<strong>do</strong> povo. Podiam ser os feitos <strong>de</strong> Lampião, Maria<br />
Bonita e outros cangaceiros famosos, o registro<br />
<strong>de</strong> secas e enchentes, vaqueiros e vaquejadas,<br />
santos e milagres, crimes etc.<br />
Lampião, seus irmãos e Maria Bonita (autor<br />
<strong>de</strong>sconheci<strong>do</strong>)<br />
Fonte: www.cienciahoje.uol.com.br