Unidade de Tratamento de Gás de Caraguatatuba - Ibama
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Em relação aos usos da água, existem, na bacia do Juqueriquerê, pontos <strong>de</strong><br />
captação para abastecimento público e aqüicultura. As águas do Juqueriquerê<br />
também são utilizadas para diluição <strong>de</strong> esgotos domésticos.<br />
A AID da UTGCA possui potencialida<strong>de</strong> aqüífera baixa, e as principais ativida<strong>de</strong>s<br />
antrópicas na planície costeira, on<strong>de</strong> se encontra, são a extração <strong>de</strong> areia, para<br />
construção civil, abertura <strong>de</strong> vias <strong>de</strong> acesso, <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> núcleos<br />
urbanos, pastagem e <strong>de</strong>posição <strong>de</strong> resíduos sólidos urbanos (lixão). A UTGCA se<br />
localiza na área cuja suscetibilida<strong>de</strong> à erosão é Mo<strong>de</strong>rada.<br />
A Área <strong>de</strong> Influência Indireta da <strong>Unida<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Tratamento</strong> <strong>de</strong> <strong>Gás</strong> <strong>de</strong><br />
<strong>Caraguatatuba</strong> encontra-se na região <strong>de</strong> domínio da Mata Atlântica, havendo<br />
duas classes <strong>de</strong> vegetação natural: a Floresta Ombrófila Densa e, em menor<br />
importância, a Vegetação com Influência Marinha (matas <strong>de</strong> restinga), além das<br />
áreas <strong>de</strong> transição. A classe florestal é bastante <strong>de</strong>nsa e fechada e, no caso da<br />
UTGCA, ocorre em três das suas diferentes formações: Terras Baixas,<br />
Submontana e Montana. Na região do empreendimento, muitas <strong>de</strong>ssas áreas <strong>de</strong><br />
vegetação nativa estão <strong>de</strong>scaracterizadas, <strong>de</strong>gradadas, fragmentadas ou isoladas<br />
nas pastagens. Somente em áreas <strong>de</strong> difícil acesso, pertencentes ao Parque<br />
Estadual da Serra do Mar, ou em áreas <strong>de</strong> Reserva Legal, é que ainda po<strong>de</strong> ser<br />
encontrada uma vegetação mais bem preservada.<br />
Nas outras áreas, a modificação da paisagem se <strong>de</strong>u pela retirada quase que<br />
total da cobertura vegetal natural, sendo raro encontrar alguma área preservada.<br />
Essas áreas, em geral, são compostas por uma vegetação secundária, resultante<br />
do processo <strong>de</strong> sucessão natural.<br />
Não foram observados sinais <strong>de</strong> retirada recente <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira e palmito, ou<br />
qualquer outro tipo <strong>de</strong> exploração dos recursos naturais. Por se tratar <strong>de</strong> uma<br />
região fortemente antropizada e com vegetação secundária, enten<strong>de</strong>-se que as<br />
espécies originalmente existentes, sobretudo as que possuíam gran<strong>de</strong> interesse<br />
econômico, já foram retiradas.<br />
Em relação à fauna, po<strong>de</strong>-se dizer que a Mata Atlântica possui consi<strong>de</strong>rável<br />
riqueza em espécies <strong>de</strong> mamíferos, sendo que, na região próxima à UTGCA,<br />
predominam os animais <strong>de</strong> pequeno porte, como morcegos, roedores, marsupiais<br />
e animais adaptados a áreas abertas e alteradas. Foram encontrados, também,<br />
vestígios <strong>de</strong> onça-parda, veado-pardo e esquilos.<br />
É importante <strong>de</strong>stacar que, durante o trabalho <strong>de</strong> campo, por duas vezes, na<br />
Fazenda Serra Mar, foi avistada uma anta, espécie ameaçada <strong>de</strong> extinção. Além<br />
RELATÓRIO DE IMPACTO<br />
AMBIENTAL- RIMA<br />
A REGIÃO DO<br />
UNIDADE DE TRATAMENTO DE<br />
EMPREENDIMENTO<br />
GÁS DE CARAGUATATUBA<br />
28 ABRIL / 2006