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CAPÍTULO II - Escola de Química / UFRJ

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Disciplina - Engenharia do Meio Ambiente/ EQ/ <strong>UFRJ</strong><br />

Prof. Denize Dias <strong>de</strong> Carvalho<br />

Os gases no forno <strong>de</strong> clínquer atingem temperaturas máximas <strong>de</strong> 2000 ºC no queimador principal e<br />

permanecem a temperaturas acima dos 1200 ºC por períodos <strong>de</strong> 4-6 segundos. Por sua vez o clínquer<br />

sai do forno a temperaturas na or<strong>de</strong>m dos 1450 ºC. Estas temperaturas são das mais elevadas<br />

encontradas em qualquer processo industrial e o tempo <strong>de</strong> residência dos gases a alta temperatura é<br />

também bastante superior ao conseguido em outros processos <strong>de</strong> combustão alternativos, como a<br />

incineração <strong>de</strong>dicada. Assim um forno <strong>de</strong> clínquer é um local com condições ótimas para uma queima<br />

ou <strong>de</strong>struição eficaz <strong>de</strong> qualquer resíduo orgânico que se possa oxidar/<strong>de</strong>compor com a temperatura.<br />

Devido à quantida<strong>de</strong> elevada <strong>de</strong> matéria prima existente no interior do forno, este tem uma inércia<br />

térmica superior ao <strong>de</strong> muitas outras instalações industriais a alta temperatura. Esta característica é<br />

vantajosa quando se queimam substâncias com composição e po<strong>de</strong>r calorífico variável como são os<br />

resíduos industriais.<br />

É necessário tomar algumas precauções em relação ao modo como o material é adicionado ao forno. O<br />

local <strong>de</strong> injeção mais apropriado é o queimador principal junto à saída do clínquer, porque nestas<br />

condições a temperatura e o tempo <strong>de</strong> residência são maximizados. Substâncias líquidas ou sólidos<br />

triturados são normalmente queimados neste ponto do forno.<br />

O diferencial em relação às <strong>de</strong>mais técnicas <strong>de</strong> queima está no aproveitamento do resíduo como<br />

potencial energético ou substituto <strong>de</strong> matéria-prima na indústria cimenteira, sem qualquer alteração<br />

na qualida<strong>de</strong> do produto final.<br />

TIPOS DE RESÍDUOS QUE PODEM USADOS NO CO-PROCESSAMENTO<br />

Dados da literatura apresentam como uma alternativa <strong>de</strong> tratamento o co-processamento para os<br />

seguintes os resíduos industriais:<br />

Resíduos oleosos: borras, lodos, óleos e graxasCatalisadores gastosMateriais <strong>de</strong> refino e<br />

resíduos <strong>de</strong> refinarias <strong>de</strong> petróleoPneusLodos <strong>de</strong> ETESolventesPlásticosMa<strong>de</strong>iraTintas, vernizes,<br />

resinas, corantesSubstâncias inorgânicasProdutos fora da especificação e da valida<strong>de</strong>... além<br />

<strong>de</strong> diversos materiais contaminados, tais como: areias e terras; Equipamentos <strong>de</strong> Proteção<br />

Individual (EPI); Solventes; Serragens; Papéis; Embalagens.<br />

Pela Resolução CONAMA Nº 264 DE 26/08/99, excetua-se do processo <strong>de</strong> licenciamento <strong>de</strong> forno<br />

rotativo <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> clínquer, para ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> co-processamento <strong>de</strong> resíduos, os resíduos<br />

domiciliares brutos, resíduos <strong>de</strong> serviço <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, radioativos, explosivos, organoclorados,<br />

agrotóxicos e afins.

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