17.02.2014 Views

CAPÍTULO II - Escola de Química / UFRJ

CAPÍTULO II - Escola de Química / UFRJ

CAPÍTULO II - Escola de Química / UFRJ

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Disciplina - Engenharia do Meio Ambiente/ EQ/ <strong>UFRJ</strong><br />

Prof. Denize Dias <strong>de</strong> Carvalho<br />

on<strong>de</strong> o terreno já apresenta características favoráveis e não é necessário nenhum trabalho <strong>de</strong><br />

preparo e po<strong>de</strong>-se aproveitar para recuperar alguma área <strong>de</strong>gradada.<br />

•<br />

• Método Rampa - Conhecido também como método <strong>de</strong> escavação progressiva, é empregado<br />

em áreas planas on<strong>de</strong> o solo natural oferece boas condições para ser escavado e utilizado<br />

como material <strong>de</strong> cobertura. Usado em terrenos secos e planos on<strong>de</strong> se procura mudar a<br />

topografia através <strong>de</strong> terraplanagem construindo-se uma rampa on<strong>de</strong> se coloca os resíduos<br />

formando células. A rampa é escavada no próprio solo e o resíduo é disposto e compactado<br />

pelo trator, operando no sentido ascen<strong>de</strong>nte, formando assim a célula e posteriormente<br />

coberto com solo. O método é vantajoso pois economiza o transporte <strong>de</strong> material <strong>de</strong> cobertura<br />

<strong>de</strong> fora do sistema.<br />

Forma <strong>de</strong> disposição final especialmente projetado e implantado para a disposição <strong>de</strong> resíduos sólidos<br />

industriais, garantindo um confinamento seguro em termos <strong>de</strong> poluição ambiental e proteção à saú<strong>de</strong><br />

pública. Este aterro possui, no mínimo, todas as infra-estruturas <strong>de</strong> um aterro sanitário. Para<br />

resíduos perigosos, o conceito construtivo é o <strong>de</strong> contenção total, o que significa impermeabilizar tanto<br />

a parte inferior (no caso, com impermeabilização dupla) quanto à parte superior do aterro.<br />

Resíduos que não <strong>de</strong>vem ser dispostos em aterros<br />

Nem todos os resíduos po<strong>de</strong>m ser dispostos em aterros industriais, a seguir serão mostrados os<br />

resíduos que não <strong>de</strong>vem ser dispostos em aterros industriais:<br />

1. Resíduos inflamáveis ou reativos, a menos que sejam previamente tratados (neutralização,<br />

absorção, etc.), <strong>de</strong> forma que a mistura resultante <strong>de</strong>ixe <strong>de</strong> apresentar essas características;<br />

2. Resíduos com menos <strong>de</strong> 30% <strong>de</strong> sólidos totais (em massa);<br />

3. Resíduos que contenham contaminantes que po<strong>de</strong>m ser facilmente transportados pelo ar, a menos<br />

que sejam previamente tratados;<br />

4. Resíduos ou mistura <strong>de</strong> resíduos que apresentem solubilida<strong>de</strong> em água superior a 20% em peso, a<br />

menos que sejam <strong>de</strong>vidamente tratados <strong>de</strong> forma a reduzir sua solubilida<strong>de</strong>;<br />

5. Resíduos constituídos por compostos orgânicos halogenados e não halogenados e<br />

6. Resíduos incompatíveis entre si. Estes não <strong>de</strong>vem ser dispostos em uma mesma célula, a menos<br />

que se tomem as <strong>de</strong>vidas precauções para evitar reações adversas.<br />

Localização <strong>de</strong> Aterros Industriais Classe I (Perigosos)<br />

Deverão ser selecionados, preferencialmente, áreas naturalmente impermeáveis, para construção <strong>de</strong><br />

aterros <strong>de</strong> resíduos industriais. Estas áreas se caracterizam pelo baixo grau <strong>de</strong> saturação, pela<br />

relativa profundida<strong>de</strong> do lençol freático e pela predominância, no subsolo, <strong>de</strong> material argiloso (CIMM,<br />

2005). O subsolo não <strong>de</strong>verá ser constituído essencialmente por material com coeficiente <strong>de</strong><br />

permeabilida<strong>de</strong> (k) maior que 1x10 -4 cm/s.<br />

Não é possível instalar aterros industriais em áreas inundáveis, <strong>de</strong> recarga <strong>de</strong> aqüíferos, em áreas <strong>de</strong><br />

proteção <strong>de</strong> mananciais, mangues e habitat <strong>de</strong> espécies protegidas, ecossistemas <strong>de</strong> áreas frágeis ou<br />

em todas aquelas <strong>de</strong>finidas como <strong>de</strong> preservação ambiental permanente, conforme legislação em vigor<br />

(CIMM, 2005).<br />

Deverão ser respeitadas as distâncias mínimas estabelecidas em norma, a corpos d’água (300<br />

metros), núcleos urbanos (1000 metros), rodovias e ferrovias (50 metros), quando da escolha da área<br />

do aterro (CIMM, 2005).<br />

A construção <strong>de</strong> aterros em ares cujas dimensões não possibilitem uma vida útil para o aterro igual ou<br />

superior a 20 anos, não <strong>de</strong>verá ser executada (CIMM, 2005).<br />

Na seleção da área do aterro, <strong>de</strong>verão ser consi<strong>de</strong>rados os seguintes aspectos: grau <strong>de</strong> urbanização;<br />

valor comercial do terreno; condições <strong>de</strong> acesso; caracterização hidrogeológica; potencial <strong>de</strong><br />

contaminação das águas superficiais e subterrâneas e localização quanto a mananciais <strong>de</strong><br />

abastecimento <strong>de</strong> água (CIMM, 2005). A seguir serão mostradas algumas consi<strong>de</strong>rações geológicas<br />

a<strong>de</strong>quadas para um subsolo: <strong>de</strong>verá ser constituído por um <strong>de</strong>pósito extenso e homogêneo <strong>de</strong> solo<br />

argiloso, com coeficiente <strong>de</strong> permeabilida<strong>de</strong> menor ou igual a 1 x 10 -7 cm/s; <strong>de</strong>verá apresentar uma<br />

porcentagem superior a 30% <strong>de</strong> partículas passando pela peneira n 0 200; <strong>de</strong>verá apresentar um pH<br />

maior ou igual a 7 e não sofrer alterações na sua permeabilida<strong>de</strong> em função dos resíduos (CIMM,<br />

2005).<br />

Impermeabilização Inferior <strong>de</strong> Aterros Industriais<br />

Os aterros industriais <strong>de</strong>verão possuir sistema duplo <strong>de</strong> impermeabilização inferior composto <strong>de</strong> manta<br />

sintética sobreposta a uma cama <strong>de</strong> argila compactada, <strong>de</strong> forma a alcançar coeficiente <strong>de</strong><br />

permeabilida<strong>de</strong> menor ou igual a 1,0 x 10 -7 cm/s, com espessura mínima <strong>de</strong> 60 centímetros, <strong>de</strong>vendo<br />

ser mantida uma distância mínima <strong>de</strong> 2 metros entre a superfície inferior do aterro e o nível mais alto

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!